Com a vigência da bandeira tarifária vermelha, o preço da energia elétrica registrou um aumento de 5,36% em setembro, respondendo por quase metade da alta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O impacto desse item foi de 0,21 ponto percentual, correspondendo a 47,7% do avanço de 0,44% do IPCA em setembro, sendo a maior influência no índice.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aplicou a bandeira tarifária vermelha patamar 1 no mês de setembro, o que gerou um acréscimo de R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos pelos consumidores. Em agosto, o cenário era diferente: a energia elétrica havia caído 2,77%, com a vigência da bandeira tarifária verde, que não implicava custos adicionais nas contas.
Além da aplicação da bandeira vermelha, a alta do preço da energia elétrica em setembro também foi influenciada por reajustes tarifários em algumas cidades brasileiras. Porto Alegre registrou um aumento de 7,01%, com um reajuste médio de 0,06% em uma das concessionárias de energia a partir de 19 de agosto. Em Vitória, houve um aumento de 6,79%, mesmo após uma redução de 1,96% a partir de 7 de agosto. São Luís apresentou uma alta de 4,07%, após uma redução de 1,11% a partir de 28 de agosto, enquanto Belém teve um aumento de 2,79%, com uma redução anterior de 2,75% a partir de 7 de agosto.
Esses reajustes, somados à aplicação da bandeira vermelha, contribuíram significativamente para a alta do preço da energia e para a pressão inflacionária no mês de setembro.
