Correios rescindem contrato com fundo TRBL11 e impasse pode parar na Justiça
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A estatal formalizou a rescisão do contrato de locação de um galpão logístico localizado em Contagem (MG)

O imbróglio entre o fundo imobiliário Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11) e os Correios ganhou um novo capítulo nesta quinta-feira (28). A estatal formalizou a rescisão do contrato de locação de um galpão logístico localizado em Contagem (MG) e estabeleceu o prazo de 18 de agosto para a desocupação total do imóvel.

De acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o fundo apresentou defesa no processo administrativo aberto pelos Correios ainda em dezembro de 2024, mas a empresa optou por encerrar unilateralmente o contrato. A gestora Rio Bravo, responsável pelo TRBL11, afirmou que vai apresentar um novo recurso nos próximos cinco dias, além de manter a estratégia de acionar a Justiça para cobrar o cumprimento integral das cláusulas contratuais — incluindo os aluguéis em atraso e a multa pela rescisão antecipada.

O atrito entre as partes teve início com a interdição do galpão em outubro do ano passado, após a identificação de problemas estruturais em uma das placas de vedação lateral do imóvel. A Defesa Civil chegou a interditar parcialmente o centro de distribuição, mas, após nova vistoria, determinou a interdição total. A liberação ocorreu apenas em dezembro, após a realização de obras emergenciais, vistoriadas por diversos órgãos municipais.

Segundo o fundo, os Correios foram informados sobre a reabertura do galpão e a retomada da cobrança dos aluguéis. Mesmo assim, o pagamento referente a dezembro não foi efetuado. A Rio Bravo argumenta que a responsabilidade pela manutenção do imóvel, conforme previsto em contrato, era do locatário — incluindo manutenções preventivas, corretivas e preditivas.

Já os Correios sustentam que a obrigação de realizar reparos estruturais era do locador, cabendo à estatal apenas a manutenção regular do espaço. A divergência sobre as responsabilidades gerou uma troca de acusações que culminou no pedido de rescisão do contrato por parte da estatal.

Em meio ao impasse, a sócia da Rio Bravo, Anita Scal, afirmou que o fundo arcou com os custos das obras emergenciais para evitar maiores danos ao empreendimento e aos cotistas, mesmo alegando que a responsabilidade pelas intervenções não era sua.

 

Com a rescisão oficializada e a disputa judicial no horizonte, o caso deve ter novos desdobramentos nos próximos meses. Para os investidores do TRBL11, a expectativa agora se volta para o resultado das ações judiciais e para a possível indenização pelos prejuízos causados pela saída antecipada do inquilino.

redacao
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