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A pandemia da covid-19 acelerou a migração das pessoas ao consumo digital, o que era de se esperar. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Ebit/Nielsen em parceria com o Bexs Banco, o e-commerce do Brasil cresceu, em 2020, 41% e ganhou novos 13 milhões de consumidores. O avanço foi possibilitado pelo fechamento das lojas físicas e medidas de restrição de circulação do período pandêmico.
A adoção do comércio eletrônico pelos brasileiros é esperado com otimismo para os próximos anos. De acordo com a pesquisa Future of Retail, realizada pela Euromonitor International, empresa global de pesquisa de mercado, e o Google, a projeção de crescimento entre 2021 a 2025 é de 42%. A pesquisa também aponta que 25% dos novos consumidores são da geração Z, nascidos entre 1995 e 2010.
Com todos esses números, é evidente que a inovação será cada dia mais decisiva no mercado e que o interesse em encurtar caminho e diminuir a burocracia serão fatores importantes para o consumidor na hora de escolher de qual forma fazer compras. O mercado, por sua vez, está se mostrando cada vez mais atento às transformações e necessidades dos consumidores, possibilitando, através da internet, um serviço ágil, confiável e eficiente.
“O brasileiro está se adaptando ao ambiente de compras online, e um ponto bastante curioso é que, embora as restrições da covid tenham impulsionado-as, o e-commerce concretizou suas projeções de crescimento para os próximos anos, mesmo depois do fim da pandemia”, explica Leiza Oliveira, CEO da Minds Idiomas.
A empresa teve um “boom” na quantidade de matrículas neste mês de janeiro de 2022, e resultado é fruto também desse comportamento ascendente de compras: 2, em cada 10 brasileiros, adquirem cursos via web. “Esse crescimento está ligado não só ao fato das pessoas terem o costume de colocar em prática seus planejamentos e suas metas no início do ano, como também à onda de adeptos ao e-commerce, que chegou para facilitar e agilizar o processo de compra no mercado”, conclui Leiza.
Contudo, vale considerar que o consumidor é sensível ao valor do frete: quanto maior o valor para envio da mercadoria, maior é a chance de uma reclamação sobre qualquer aspecto da compra. Produtos com o frete grátis resultaram em 43% dos pedidos realizados, tendo apenas 5,9% de queixas, se revelando um grande motor para o comércio eletrônico. Esse crescimento em 2020 resultou em um faturamento de mais de 80 bilhões de reais, tendo o melhor desempenho desde 2007. A alta no faturamento se deu pelo aumento na quantidade de pedidos: foram 194 milhões, 30% mais que em 2019.