Acordo entre China e EUA impulsiona bolsas europeias, que fecham em alta
Apesar do otimismo, analistas alertam que os impactos reais das tarifas ainda não se refletem nos dados econômicos

As principais bolsas da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira (12), impulsionadas pelo acordo entre Estados Unidos e China para reduzir tarifas comerciais por 90 dias. Os EUA cortaram sua tarifa sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China reduziu a taxa sobre produtos americanos para 10%. A trégua temporária animou os mercados e aumentou o apetite por risco entre os investidores globais.

O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 1,09%, com destaque para os setores de tecnologia (+2,74%) e financeiro (+1,73%). Ações como ASML (+6,17%), Prosus (+5,14%), Barclays (+2,08%) e Deutsche Bank (+1,99%) lideraram os ganhos. Os principais índices regionais também avançaram: DAX de Frankfurt (+0,16%), FTSE 100 de Londres (+0,49%) e CAC 40 de Paris (+1,37%).

Apesar do otimismo, analistas alertam que os impactos reais das tarifas ainda não se refletem nos dados econômicos. Chris Beauchamp, do IG, afirmou que os efeitos dessas medidas, implementadas há menos de seis semanas, só ficarão claros com o tempo, tanto nos resultados corporativos quanto nos indicadores macroeconômicos.

Paralelamente, declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre uma possível queda acentuada nos preços de medicamentos — que ele estimou em até 90% — pressionaram ações do setor farmacêutico. A Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, recuou 0,65% no pregão europeu, refletindo a reação negativa do mercado às declarações.

redacao
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