Banco Central já devolveu R$ 1,1 bilhão transferido devido a erros ou fraudes no Pix
De acordo com a instituição, casos de fraude, incluindo cancelamentos de devolução, representam a maior parte

Desde a criação do Mecanismo Especial de Devolução (MED), em novembro de 2021, o Banco Central já devolveu R$ 1,1 bilhão transferido indevidamente via Pix devido a erros ou fraudes. De acordo com a instituição, casos de fraude, incluindo cancelamentos de devolução, representam a maior parte, somando R$ 952,3 milhões, enquanto R$ 167,6 milhões foram decorrentes de falhas operacionais.

O MED permite que, após ser vítima de um golpe envolvendo o Pix, o dinheiro seja recuperado da conta de destino e devolvido à conta de origem, desde que o Banco Central constate que houve fraude.

Na última segunda-feira (9), o Banco Central também anunciou que o Pix atingiu um novo recorde diário de transações, com 227,4 milhões de operações realizadas na sexta-feira (6). Esse número superou o recorde anterior de 224,2 milhões de transações, registrado em 5 de junho.

O Pix, implementado em novembro de 2020, tornou-se rapidamente popular entre os brasileiros por simplificar e agilizar as transações financeiras. Contudo, essa facilidade também atraiu criminosos, que passaram a utilizar o método para aplicar golpes.

Segundo o Banco Central, vítimas de fraudes ou golpes têm até 80 dias após a realização do Pix para solicitar a devolução junto à instituição financeira. O banco, após analisar o caso, pode bloquear a quantia na conta do recebedor e iniciar o processo de devolução, caso se encaixe nos critérios do MED. A análise leva até sete dias, e o valor é devolvido integral ou parcialmente em até 96 horas, se for comprovada a fraude. Caso não seja identificado um golpe, o valor é desbloqueado na conta do recebedor.

Para erros operacionais cometidos pelas instituições bancárias, a devolução do valor ocorre em até 24 horas.

redacao
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