O Bradesco revisou suas projeções para a taxa Selic e agora espera que os juros básicos da economia alcancem 15,25% no final do ciclo de aperto monetário do Banco Central, com altas previstas de 1 ponto percentual em janeiro e março, seguidas por elevações de 0,5 ponto em maio e junho de 2025.
A revisão reflete a frustração com as medidas de contenção de gastos do governo, que geraram alta volatilidade nos mercados sem sinais claros de melhora no curto prazo. O banco alerta que os juros podem superar 16% para atender à meta inflacionária, especialmente diante de um novo cenário de expectativas fiscais.
O Bradesco projeta que, após atingir o pico, a Selic começará a cair, chegando a 14,75% no final de 2025 e encerrando 2026 em 11,25%, em um processo gradual de flexibilização monetária. As previsões consideram um dólar cotado a R$ 6 no final de 2024 e 2025, valores superiores às estimativas anteriores.
Apesar do cenário de pressão sobre os juros, o banco argumenta que o Brasil não enfrenta dominância fiscal, mas alerta para os riscos de um equilíbrio delicado entre a economia real e o Tesouro, reforçando a necessidade de um ajuste mais cauteloso.
