Brasil tem déficit de US$ 2,2 bilhões nas contas externas em março
No acumulado de 12 meses até março, o déficit em transações correntes alcançou US$ 68,467 bilhões, ou 3,21% do PIB, levemente abaixo do mês anterior

As contas externas do Brasil registraram déficit de US$ 2,245 bilhões em março, informou o Banco Central (BC). O resultado é melhor do que o observado em março de 2024, quando o saldo negativo foi de US$ 4,087 bilhões, graças ao aumento das exportações e à queda no pagamento de juros e lucros enviados ao exterior, apesar da alta no déficit de serviços.

No acumulado de 12 meses até março, o déficit em transações correntes alcançou US$ 68,467 bilhões, ou 3,21% do PIB, levemente abaixo do mês anterior, mas bem superior ao registrado no mesmo período de 2024. Segundo o BC, a tendência de redução dos déficits, observada até o início de 2024, foi interrompida, exigindo monitoramento para avaliar se a mudança é estrutural ou pontual.

As exportações de bens cresceram 5,3% em março, impulsionadas por produtos como soja, café, carnes e celulose, enquanto as importações subiram 0,9%, resultando em um superávit comercial de US$ 7,637 bilhões. No entanto, o déficit em serviços, que inclui transporte, propriedade intelectual e viagens, aumentou para US$ 4,352 bilhões, refletindo o crescimento da corrente de comércio e do consumo internacional.

O déficit em renda primária somou US$ 5,781 bilhões, uma queda de 13,4% na comparação anual, enquanto a conta de renda secundária — formada por remessas e doações — teve superávit de US$ 251 milhões. Já os investimentos diretos no país (IDP), considerados a principal fonte de financiamento do déficit externo, somaram US$ 5,990 bilhões em março, abaixo do observado no ano anterior, mas ainda sustentando o saldo negativo com recursos produtivos.

 

Além disso, o estoque de reservas internacionais atingiu US$ 336,157 bilhões em março, com alta de US$ 3,649 bilhões sobre fevereiro, reforçando a capacidade de financiamento externo do país mesmo diante das oscilações nos fluxos de capitais de curto prazo.

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