Cade aprova fusão entre Marfrig e BRF e nova gigante deve nascer até julho
A decisão se tornará definitiva após 15 dias, caso não haja recurso ou manifestação contrária de algum membro do tribunal do órgão

A Marfrig (MRFG3) e a BRF (BRFS3) receberam aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a fusão entre as duas companhias. A decisão foi comunicada ao mercado por meio de fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quarta-feira, 4 de junho.

O Cade aprovou a operação sem restrições. A decisão se tornará definitiva após 15 dias, caso não haja recurso ou manifestação contrária de algum membro do tribunal do órgão.

A conclusão da fusão está prevista para ocorrer até o fim de julho, após a realização de assembleias gerais extraordinárias marcadas para o dia 18 de junho. A nova empresa resultante da incorporação será chamada MBRF.

Pelo acordo, os acionistas da BRF — com exceção da própria Marfrig — receberão 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF. A BRF passará a ser uma subsidiária integral da Marfrig.

A operação garante direito de retirada para acionistas que não concordarem com a fusão. O valor de reembolso foi fixado em R$ 3,32 por ação da Marfrig e R$ 9,43 por ação da BRF. No caso da BRF, também será possível optar por um reembolso baseado no valor patrimonial das ações, definido em R$ 19,89 por laudo de avaliação.

Segundo Marcos Molina, fundador e presidente do conselho da Marfrig, a MBRF já nasce como a sétima maior empresa do Brasil em receita, com faturamento anual de R$ 153 bilhões.

Após a fusão, a estrutura acionária da MBRF ficará distribuída da seguinte forma:

  • Marfrig (acionista controlador): 41,5%

  • Outros acionistas da Marfrig: 15,6%

  • SALIC: 10,6%

  • Outros acionistas da BRF: 32,3%

As assembleias gerais extraordinárias que votarão a proposta ocorrerão no dia 18 de junho: às 9h no caso da BRF e às 11h para a Marfrig.

redacao
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