Campos Neto foca na transição suave do BC e reafirma estratégia de Política Monetária
Campor Neto destaca importância de manter a continuidade e a independência do BC, enquanto a instituição ajusta suas políticas em resposta às mudanças econômicas globais e locais.

Durante evento promovido pelo BTG Pactual, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou a importância de uma "transição suave" à frente da instituição, enfatizando a necessidade de continuidade e estabilidade. Campos Neto, que se prepara para deixar o cargo, afirmou que seu foco é assegurar que o BC mantenha sua trajetória técnica e objetiva, independentemente de quem assumir a liderança após sua saída.

Campos Neto revelou que, após seu mandato, pretende se afastar da esfera pública e explorar oportunidades nas áreas de finanças e tecnologia, embora ainda não tenha definido seu próximo passo. Ele reiterou a importância de uma transição que fortaleça a institucionalidade do Banco Central, permitindo que seu sucessor seja avaliado com base em suas decisões técnicas e não em aspectos pessoais.

O presidente do BC abordou a condução da política monetária, afirmando que a instituição continua a monitorar os dados econômicos com cautela. Campos Neto ressaltou que o BC não dará orientações específicas sobre futuros ajustes na taxa de juros, optando por uma abordagem dependente dos dados e ajustada às condições econômicas em evolução. Ele explicou que o BC tem enfrentado volatilidade tanto no cenário interno quanto externo, e sua prioridade é comunicar a mensagem de prudência e flexibilidade na política monetária.

No contexto global, ele observou uma tendência de convergência da inflação, com os países avançados apresentando uma queda nos núcleos de inflação, embora a inflação de serviços ainda esteja alta. Ele mencionou que, nos países emergentes, como na América Latina, a situação é mista, com uma mão de obra mais apertada e diferentes efeitos sobre a inflação de serviços.

Por fim, enfatizou a importância de manter a continuidade e a independência do BC, enquanto a instituição ajusta suas políticas em resposta às mudanças econômicas globais e locais.

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