Copom sobe Selic para 14,25% ao ano e sinaliza aperto monetário mais brando
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Com a terceira alta seguida de mesma intensidade, os juros igualaram o patamar observado em outubro de 2016
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou nesta quarta-feira (19) a taxa básica de juros (Selic) em um ponto percentual, de 13,25% para 14,25% ao ano, mesmo nível atingido durante a crise do governo de Dilma Rousseff (PT).
 
Com a terceira alta seguida de mesma intensidade, os juros igualaram o patamar observado em outubro de 2016. Na época, também para combater uma inflação resistente, a taxa básica ficou estacionada em 14,25% durante um ano e três meses, a partir do fim de julho de 2015, atravessando o impeachment da petista.
 
Na segunda reunião sob o comando de Gabriel Galípolo, novo presidente do BC, o Copom cumpriu o choque de juros prometido ainda em dezembro do ano passado (reafirmado em janeiro), completando três movimentos de um ponto percentual.

O Comitê destacou, em comunicado, que o cenário atual é caracterizado por uma "desancoragem adicional das expectativas de inflação, projeções inflacionárias elevadas, resiliência da atividade econômica e pressões no mercado de trabalho", fatores que exigem uma política monetária mais restritiva.

Além disso, o documento ressalta que, "diante da persistência do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, caso o cenário esperado se confirme, um ajuste de menor intensidade na próxima reunião".

O Comitê também reforçou que, além do próximo encontro, a extensão total do ciclo de aperto monetário será determinada pelo compromisso de trazer a inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, com atenção especial aos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, bem como às projeções e expectativas de inflação, ao hiato do produto e ao balanço de riscos.

redacao
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