O IPCA-15 de outubro apresentou uma alta de 0,54%, superando as expectativas dos analistas, o que reforçou a expectativa de que o Banco Central aumentará a Selic em 0,50 ponto percentual em novembro. A prévia da inflação acumulou 3,71% no ano e 4,47% nos últimos 12 meses.
O IBGE indicou que a alta foi impulsionada pela "bandeira vermelha 2" nas tarifas de energia elétrica, que subiram 5,3%, e pela aceleração dos preços da alimentação fora de casa, que variou 0,66%. Os serviços essenciais também apresentaram uma variação de 0,59%, acima da expectativa de 0,44%.
A XP observou que os dados reforçam a tendência de deterioração da inflação, com uma alta no núcleo "Ex3" (que exclui serviços subjacentes e industriais) subindo para 4,2%, o maior nível desde julho de 2023. As pressões inflacionárias estão ligadas à forte demanda doméstica e a um mercado de trabalho apertado.
Analistas de diferentes instituições, como o Itaú e o Inter, também ressaltaram que a aceleração dos preços de serviços e a reversão da deflação em despesas pessoais são preocupantes. Para a próxima reunião do Copom, a expectativa é de um aumento na Selic de 0,50 ponto percentual, especialmente devido ao impacto de fatores climáticos severos sobre a inflação.
Além disso, a inflação de 12 meses voltou a acelerar, se aproximando do teto da meta de 4,5%, o que pode exigir uma postura mais rigorosa da política monetária. Especialistas concordam que o Copom deverá continuar elevando a Selic nas próximas reuniões, com ajustes previstos de 0,50 ponto percentual em novembro e dezembro.
