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As companhias aéreas brasileiras e internacionais solicitaram um prazo mínimo de 180 dias para se adequarem a um possível retorno do horário de verão, conforme sugerido pelo Governo Federal. Entidades do setor alertam que uma mudança repentina pode causar grandes impactos para passageiros e comprometer a conectividade aérea no país.
As associações do setor afirmam que a implementação súbita do horário de verão alteraria os horários de voos domésticos e internacionais, afetando especialmente os destinos que não adotam a nova hora de Brasília. "Isso pode resultar em atrasos e até na perda de embarques por parte dos passageiros, além de prejudicar a conectividade entre voos", destaca uma nota conjunta das associações.
Além disso, as empresas internacionais também precisariam ajustar os horários de seus voos no Brasil, enfrentando desafios semelhantes aos das companhias brasileiras. A mudança exigiria reprogramação de voos, realocação de tripulações e alterações nos planos de viagem dos passageiros. Outros impactos mencionados incluem a reorganização de slots nos aeroportos e possíveis dificuldades nas escalas de tripulantes.
Na semana passada, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou o retorno do horário de verão em 2024, com o apoio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que considerou a medida "muito urgente".
Em nota, a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), a International Air Transport Association (IATA) e a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (JURCAIB) expressaram preocupação com a possibilidade de restabelecimento do horário de verão sem planejamento adequado.
As entidades defendem que, para evitar transtornos, seria necessário um intervalo mínimo de 180 dias entre a publicação de um eventual decreto e a mudança nos relógios, permitindo que as mais de 40 companhias aéreas que operam no Brasil possam se organizar.