Entretenimento é o novo aliado da educação financeira no Brasil
Falar da educação financeira continua sendo um desafio, apesar do aumento do interesse da população pelo assunto

Falar da educação financeira continua sendo um desafio, apesar do aumento do interesse da população pelo assunto: parece que todos já entendem o quanto lidar com as finanças é importante, mas ainda acham isso bem complicado.

Por isso, alternativas surgem para auxiliar nessa disseminação de conhecimento. Uma delas é o entretenimento.

Para Vera Rita de Mello Ferreira, presidente da Iarep – sigla em inglês para Associação Internacional de Pesquisa em Psicologia Econômica – a utilização do entretenimento atrai novos públicos, já que ele contorna alguns desafios como a falta de interesse no assunto.

“Quando a educação financeira se apresenta dessa forma, ela dribla a falta de vontade e de interesse em aprender o tema, e quando a pessoa vê já está envolvida”, afirma ela.

A especialista em psicologia econômica ainda ressalta que músicas e jogos podem ajudar no aprendizado, pois fixam melhor o conteúdo na memória. Ela ainda diz que o método tem potencial de atingir novas pessoas já que se compartilhado pode gerar discussões e troca de experiência.

Música e jogos a favor das finanças

Misturar entretenimento e investimentos é a aposta da Órama, que lançou um novo projeto, o Órama Records, onde usa a música para ajudar as pessoas a se lembrarem de conceitos e do papel de alguns produtos do mercado financeiro nas suas vidas. 

O novo projeto lançado no TikTok da plataforma, começa com o hit “Dragões da Emergência”, que mostra a importância de estar preparado para imprevistos e ensina quanto seria o montante ideal que se deve guardar para uma reserva de emergência.

Outra música traz as vantagens e o papel do Tesouro Direto no hip hop “Papo Reto”, e os Fundos Imobiliários, são explicados no samba “O Apê deu Ruim”. A ação da Órama é uma parceria com a Moodbrothers e conta com composição de Dom Jardim.

“O entretenimento é o melhor meio para passar conhecimento. Se você está se divertindo, você dedica mais tempo e mais atenção ao assunto, se divide com outras pessoas e repete a experiência”, afirma Dedé Eyer, CMIO da Órama. 

Aprender a investir jogando

Em parceria com a B3, a Órama também lançou recentemente o projeto “Altos e Baixos”, disponível na Órama TV no YouTube.

A proposta é ensinar sobre investimentos através de um jogo, onde quatro personagens escolhem entre 5 caminhos possíveis de investimentos: Bolsa, Criptomoedas, Fundos de Investimento, Títulos de Renda Fixa e Poupança. A cada rodada os jogadores vivenciam questões relativas às características do caminho escolhido. 

A volatilidade de Cripto, a falta de rentabilidade da poupança, as várias possibilidades (além das ações) da bolsa ou as vantagens das gestões ativas dos fundos, por exemplo, são algumas das aprendizagens.

Explicações extras e observações são feitas por Gilvan Bueno, sócio e gerente educacional, e Phil Soares, chefe de análise de ações.

“A ideia é inspirada nos tradicionais jogos de tabuleiro. Pensamos em desenvolver algo parecido, mas com foco nas temáticas do mercado financeiro. O intuito é unir pessoas com diferentes níveis de conhecimento sobre investimentos, inclusive pais e filhos”, conta Bruno Almeida, gerente de criação da Órama. 

O projeto já alcançou cerca de 6 milhões de pessoas, em mais de 264 mil horas assistidas no canal.

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