Especialista dá 10 dicas para melhorar suas finanças pessoais
A pandemia trouxe novos hábitos para os brasileiros quando o assunto é poupar ou investir

Educação, organização financeira, investimentos, planejamento para aposentadoria: por conta da situação econômica atual, todos estes temas estão em alta nos últimos tempos. Ter uma reserva de dinheiro para emergências, organizar as finanças e pensar no futuro são, de fato, assuntos de extrema importância. Por isso, eles devem ser trazidos à discussão entre familiares e amigos, aponta Ricardo Hiraki, CEO e fundador de uma fintech de educação financeira.

Por outro lado, a pandemia também trouxe novos hábitos para os brasileiros quando o assunto é poupar ou investir. Segundo pesquisa "Raio X do Investidor", feita pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) em parceria com o Instituto Datafolha, dentre os brasileiros que investiram em 2020, 53% deles colocaram o dinheiro em produtos financeiros, sendo a poupança o destino preferido da população, representando 29% destes investimentos.

Pensando naqueles com condições para poupar ou que estão enfrentando problemas financeiros, Ricardo Hiraki separou 10 dicas para quem deseja nos aproximarmos do sucesso financeiro:

1 - Faça seu Planejamento Financeiro Pessoal

"Comece a traçar os seus objetivos a pequeno, médio e longo prazo e já comece a esboçar o que está previsto em seu orçamento e quanto você poderia poupar por mês para alcançá-los. A partir disso, conseguimos começar o nosso planejamento futuro. Não precisa ser algo complexo, o importante é você ter previsão dos meses futuros do seu orçamento para que, com antecedência, consiga mover atividades para mirar no mais saudável", elabora Ricardo Hiraki.

2 - Faça o acompanhamento de suas metas

Ricardo destaca a importância de ter uma visão geral de ganhos e gastos, de preferência em uma planilha, para acompanhamento constante e para evitar cair em tentações: "uma vez que a pessoa sabe o que está previsto em seu orçamento e percebe que tem possibilidades de torná-lo mais saudável, pode passar a acompanhar de perto o que está acontecendo de fato. Isso, especialmente, na parte de consumos (mercado, combustível, restaurantes etc). Neste momento é importante reforçar a atenção, é aqui que costumam acontecer as tentações", explica.

3 - Tem dívidas? Renegocie ou troque elas.

"Trocar taxas de juros mais altas por menores em qualquer dívida é, simplesmente, salvar um dinheiro que pode ter outras funções. Se no seu planejamento o orçamento tem desequilíbrio, então pense em parcelas que são viáveis para seus meses futuros. Já se consegue criar uma reserva para o pagamento à vista, vale a pena considerar essa opção também", coloca o CEO.

Segundo Ricardo, muitas vezes pode ser mais vantajoso pegar um empréstimo para quitar uma dívida, pois alguns financiamentos possuem juros mais baixos que o próprio compromisso inicial, por exemplo.

4 - Faça uma limpeza cíclica

Outro ponto importante, de acordo com Ricardo, é avaliar constantemente se alguns gastos estão realmente valendo a pena, como por exemplo assinatura de serviços, planos de celular e televisão.

"Sabe aquelas despesas fixas que estão esquecidas? Faça uma limpeza cíclica nelas, todo começo de ano, semestre etc. O importante é correr atrás daquele pacote de TV desatualizado, encerrar assinaturas sem usos, pedir o cancelamento daquele cartão de crédito que você não usa mais, mas que tem anuidade. Pode parecer pouco, mas esses valores pagarão muitas pizzas ao longo do ano" exemplifica.

5 - Simplifique

Rotina, disciplina e simplicidade são dicas importantes destacadas pelo CEO também. "Um dos grandes desafios em finanças pessoais é ter disciplina. Então, o mais fácil para manter a rotina é ter um orçamento simplificado. Quero dizer, evite compras parceladas, evite dívidas desnecessárias etc. Quanto menos tiver, menos tempo precisará para administrar".

6 - Tenha uma reserva o quanto antes

Não estamos livres de gastos surpresa ou emergenciais ao longo das nossas vidas, infelizmente. Por isso, segundo Ricardo, é tão importante começar a criar uma reserva o quanto antes, mesmo que comece com pouco, essa reserva irá te trazer mais segurança e menos estresse nesses momentos de aperto.

"Surpresas acontecem, mas com uma reserva de emergência você terá como financiar a situação sem as altas taxas de juros de empréstimos. Além disso, uma reserva gera uma maior segurança em momentos em que você precisa correr maiores riscos, como por exemplo no momento que está buscando novos empregos", pondera Ricardo.

7 - Compartilhe do assunto com a Família e Amigos

Para o especialista em organização financeira, foi-se o tempo em que assuntos relacionados ao dinheiro eram motivo de segredo ou constrangimento. Para ele, levantar o debate dentro de casa, entre amigos ou até mesmo na sociedade, nos ajuda a ter uma melhor compreensão do cenário, tanto particular quanto coletivo.

"Finanças pessoais não podem mais ser tratadas como tabu. Faça com que sua família participe do orçamento, mesmo as crianças. Isso irá aliviar as atividades e todos irão remar para as mesmas metas. Troque ideias com os amigos sobre. O aprendizado mútuo irá ajudar a todos", indica o CEO.

8 - Aprenda sobre investimentos

Na mesma direção da dica anterior, Ricardo destaca que é importante aprendermos sobre investimentos para saber qual melhor atividade se encaixa melhor na nossa personalidade e objetivos. "Para quem está começando é desafiador e confuso, mas aprender sobre investimentos fará muita diferença nos resultados futuros das suas aplicações. Entenda que os juros compostos são mágicos, especialmente no longo prazo".

9 - Crie o hábito de salvar

"Lembra da dica sobre rotina e disciplina? Pois ela se encaixa aqui também. A rotina de poupar dinheiro fará com que tenha o hábito e, logo, isso irá produzir uma prazerosa sensação de segurança. Isso ajuda também a ter uma melhor relação no trabalho, entre amigos e familiares, pois você estará mais preparado para surpresas e emergências", comenta Ricardo.

10 - Se conheça

Para o CEO é importante termos conhecimento dos nossos hábitos e desejos, o autoconhecimento é fundamental para traçar o seu plano de ação.

"O mercado do consumo sabe muitos gatilhos psicológicos para nos fazer consumir, e em grande parte das vezes são consumos desnecessários. Saber o que é importante de verdade para você ajudará na resposta se vale ou não a pena comprar aquele celular de última geração", finaliza.

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