O presidente do Banco Central, Roberto Campos, também afirmou que o debate para a extinção do modelo de financiamento está encaminhado

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) admitiu, em nota divulgada nesta quinta-feira (10), o fim do rotativo do cartão de crédito, que tem juro anual acima de 430%. No texto, a entidade defendeu uma “diluição de riscos” entre elos da cadeia de cartão. Para a instituição, hoje, eles se concentram nos bancos emissores, que suportam um elevado custo da inadimplência.

“Defendemos que deve ser mantido o cartão de crédito como relevante instrumento para o consumo. Da mesma forma, deve haver o reequilíbrio da grande distorção que só o Brasil tem, com 75% das compras feitas com parcelado sem juros”, disse a Febraban.

A entidade afirmou ainda que busca uma “solução construtiva que passe por uma transição sem rupturas”. Acrescentou que ela pode “incluir o fim do crédito rotativo e um redesenho das compras parceladas no cartão”.

De acordo com a Febraban, as conversas com o Ministério da Fazenda, o Banco Central (BC) e o varejo sobre o tema estão em curso, mas não há prazo para sua conclusão. “As discussões estão evoluindo para que se alcance a convergência que, ao mesmo tempo, beneficie os consumidores e garanta a viabilidade do produto”.

No início da tarde, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse, ao participar de uma sessão especial do Senado, que o debate sobre a possível extinção do rotativo do cartão de crédito está “encaminhado”.

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