Fundos Imobiliários aderem à Inteligência Artificial e data centers ganham destaque no mercado
Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) que focam em data centers estão ganhando relevância em um mundo cada vez mais digital

O segmento de data centers já é consolidado entre os Reits (Real Estate Investment Trusts) nos Estados Unidos, uma espécie de fundo imobiliário norte-americano. No Brasil, esse setor ainda é pouco explorado pelos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), mas está ganhando espaço.

Neste mês, o Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) fechou a compra de um data center com mais de 5 mil metros quadrados de área construída em Porto Alegre (RS). O fundo desembolsou R$ 150 milhões pela aquisição, marcando o segundo data center em seu portfólio.

Para Marcelo Hannud, CEO da Aurea Finvest e especialista em investimentos imobiliários, o crescente interesse por data centers é justificado pelo avanço das novas tecnologias e da inteligência artificial. "Quando falamos em inteligência artificial, um tema que está constantemente nas manchetes, é fácil perceber a dimensão desse negócio e a infraestrutura necessária para suportar o que está por vir", diz Hannud. "O segmento já é amplamente explorado pelos Reits e está começando a conquistar seu espaço entre os FIIs", completa ele.

Os FIIs, criados há pouco mais de 30 anos, costumam atuar em segmentos como logística, escritórios, shoppings e imóveis comerciais, como supermercados, agências bancárias e imóveis alugados para universidades. No entanto, com a crescente digitalização dos negócios e a demanda por infraestrutura tecnológica, data centers têm ganhado destaque como uma alternativa promissora para diversificar portfólios e acompanhar a evolução do mercado.

Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) que focam em data centers estão ganhando relevância em um mundo cada vez mais digital. Fábio Carvalho, gestor do FII ALZR11, destaca que a transição para uma economia digital impulsiona a mais recente aquisição do fundo.

"Estamos gerando informações em ritmo exponencial, e tudo isso precisa ser armazenado, processado e disponibilizado com rapidez e segurança", explica Carvalho. "Hoje, a presença online muitas vezes tem mais valor do que a presença física, e esse mundo digital depende de data centers, que estão crescendo em um ritmo cada vez mais acelerado", ressalta ele.

Carvalho aponta que, nos Estados Unidos, onde o mercado de data centers já é bem desenvolvido, a expectativa é de que a capacidade dessas instalações dobre a cada três anos.

O FII ALZR11 recentemente adquiriu um data center de mais de 5 mil metros quadrados em Porto Alegre, próximo ao aeroporto internacional Salgado Filho, por R$ 150 milhões. Carvalho responde às críticas sobre o custo da aquisição, afirmando que o valor de um data center deve ser avaliado pela capacidade de processamento de dados, e não apenas pelo metro quadrado.

"O que está construído ali não é apenas aço e tijolo, como muitos estão acostumados a analisar", comenta. "Pagamos pelo imóvel menos do que custaria em outros países, e a transação foi feita pelo preço de custo", detalha o gestor, defendendo a estratégia do fundo.

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