A inteligência artificial (IA) já influencia o mercado financeiro, mas seus reais impactos na economia permanecem incertos. Empresas como a Nvidia, grande fornecedora de chips para IA, viram suas ações valorizarem significativamente, mas também enfrentaram quedas recentes após o sucesso da startup chinesa DeepSeek, que desenvolveu modelos mais eficientes e menos dependentes desses semicondutores.
Os efeitos da IA na produtividade ainda não são totalmente visíveis nos dados econômicos, e especialistas analisam diferentes cenários para o futuro. Um relatório do Goldman Sachs projeta que, até 2034, a IA aumentará o PIB dos EUA em 2,3%, enquanto o Instituto McKinsey Global prevê um crescimento de 5% a 13% até 2040. No entanto, o economista Daron Acemoglu, vencedor do Nobel em 2024, sugere que apenas 5% das tarefas humanas serão automatizadas na próxima década, com impacto limitado de 1% no PIB.
Há três possíveis cenários: a IA gera prosperidade compartilhada entre investidores e trabalhadores; a tecnologia não cumpre suas promessas e não traz retorno financeiro; ou, em um cenário mais preocupante, a IA concentra a riqueza nas mãos de quem detém a tecnologia, enquanto a maioria da população enfrenta desemprego. O futuro da IA ainda é incerto e dependerá de como seus benefícios serão distribuídos na sociedade.