Mercado aguarda pacote fiscal com corte de R$ 50 a R$ 60 bilhões para fortalecer 'credibilidade'
A equipe econômica decidiu focar na redução das despesas estruturais após concluir que o aumento de receitas atingiu seu limite. Próximo passo é enfrentar os cortes de gastos necessários para o ajuste fiscal.

Após as eleições municipais, a equipe econômica do governo planeja apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um pacote de cortes estruturais para ajudar a cumprir as metas fiscais. Fontes do mercado próximas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmaram que, para ser confiável, o pacote precisa prever cortes entre R$ 50 e R$ 60 bilhões nos gastos públicos, o que representaria cerca de 0,5% do PIB.

Nessa segunda-feira (28), Haddad se reuniu com o presidente para discutir o plano, que deve ser concluído até o início de novembro e aprovado no Congresso ainda neste ano. Segundo assessores da ministra do Planejamento, Simone Tebet, duas medidas do pacote podem gerar uma economia de R$ 48 bilhões em 2024 – R$ 20 bilhões de uma e R$ 28 bilhões de outra.

Embora ainda não detalhadas, as medidas devem impactar áreas como o abono salarial, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o seguro-desemprego. O objetivo do governo é alcançar um déficit primário zero em 2024, equilibrando receitas e despesas sem aumentar a dívida federal. Em um cenário ideal, a meta seria até um pequeno superávit primário, com receitas superiores às despesas, sem contar os juros da dívida.

A equipe econômica decidiu focar na redução das despesas estruturais após concluir que o aumento de receitas já atingiu seu limite. Agora, o próximo passo é enfrentar os cortes de gastos necessários para o ajuste fiscal. (Com informações do blog do Valdo Cruz/G1)

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