Nenhum MBA Executivo brasileiro figura entre os cem melhores do mundo, segundo “Financial Times”
O primeiro lugar ficou com a China Europe International Business School (Ceibs), que oferece seu programa de MBA Executivo em três locais distintos

A lista dos cem melhores MBAs Executivos (EMBAs) do mundo, divulgada pelo prestigiado jornal britânico Financial Times, revelou que, mais uma vez, nenhuma escola de negócios brasileira conseguiu entrar no ranking. O primeiro lugar ficou com a China Europe International Business School (Ceibs), que oferece seu programa de MBA Executivo em três locais distintos: China, Suíça e Gana.

Na segunda posição, aparece a ESCP Business School, que se destaca por seus campi distribuídos por diversos países europeus, como França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Espanha e Polônia. Fechando o “top 3”, a Washington University: Olin, com operações nos Estados Unidos e China, consolidou-se como uma das instituições de ensino de negócios mais respeitadas no cenário global.

O perfil do MBA Executivo e sua demanda no mercado

O MBA Executivo tem atraído profissionais que buscam refletir sobre suas carreiras, adquirir novas habilidades e, muitas vezes, até se reinventar profissionalmente. De acordo com o Financial Times, essa modalidade de MBA se mantém popular entre executivos que desejam continuar trabalhando enquanto estudam, ao contrário dos MBAs “full-time”, nos quais os alunos precisam se dedicar exclusivamente ao curso.

Normalmente, os alunos de MBAs Executivos estão na faixa etária de 30 a 40 anos e possuem cerca de 15 anos de experiência no mercado. A demanda por esses programas se mantém estável, com algumas escolas de negócios ampliando suas turmas e abrindo novos cursos. No entanto, o Financial Times ressalta que os salários ajustados pela inflação dos ex-alunos, três anos após a conclusão do MBA, estão em declínio.

Conteúdo dos cursos e desafios de financiamento

O relatório do Financial Times também destaca a diversidade no conteúdo dos cursos oferecidos pelas instituições de ensino. Estratégia é um dos temas mais bem avaliados pelos graduados, enquanto disciplinas como direito e tecnologia recebem críticas menos positivas.

Outro ponto importante é o financiamento desses programas. A porcentagem de empregadores dispostos a financiar, parcial ou totalmente, um MBA Executivo para seus funcionários é pequena e está em tendência de queda. Essa diminuição pode ser explicada pelo fato de que muitos profissionais, após concluírem o MBA, optam por deixar suas empresas e buscar novos desafios, seja em outro empregador ou até mesmo iniciando uma nova carreira. Segundo o levantamento, cerca de 30% dos ex-alunos entrevistados decidiram abrir suas próprias startups.

Futuro dos MBAs Executivos e o papel das escolas brasileiras

Embora o ranking de 2024 não inclua nenhuma instituição brasileira, o cenário global dos MBAs Executivos continua a evoluir, com novas oportunidades surgindo para profissionais que desejam fortalecer suas habilidades de gestão e liderança. A ausência de escolas brasileiras no ranking reflete a necessidade de aprimoramento e internacionalização dos programas locais, de modo a competir com instituições de peso que têm se destacado em um ambiente cada vez mais globalizado e competitivo.

Enquanto isso, as escolas de negócios que lideram o ranking mantêm seu foco em oferecer programas que não apenas preparem seus alunos para os desafios corporativos contemporâneos, mas também que os incentivem a se tornarem líderes inovadores, capazes de transformar o mercado.

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