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O IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, registrou queda de 0,73% em dezembro, acima da expectativa de -0,4%, refletindo um desaquecimento generalizado na economia. Apesar disso, o crescimento de 2024 foi forte, alcançando 3,8%, impulsionado por fatores como desemprego em baixa, aumento de salários e maior acesso ao crédito. No entanto, o último trimestre indicou uma perda de fôlego, com expectativas de desaceleração em 2025.
Economistas projetam crescimento do PIB em 1,9% a 2,0% para este ano, à medida que a inflação elevada, o aperto monetário e a redução dos estímulos fiscais limitam a atividade. A safra recorde de grãos pode sustentar o início do ano, mas os setores mais cíclicos devem enfraquecer ao longo dos meses.
A XP destaca que, apesar do forte desempenho do IBC-Br em 2024, o indicador estabilizou no quarto trimestre, sugerindo uma economia menos aquecida. Já o Banco Pine projeta um crescimento entre 2,0% e 2,5% para 2025, com desaceleração nos setores mais sensíveis ao ciclo econômico.
Analistas avaliam que o impacto do aperto monetário ainda não está totalmente claro e que novos dados serão cruciais para determinar os rumos da política econômica. A Selic deve permanecer em torno de 15%, com ajustes graduais ao longo do ano.