O IBGE divulgou que a taxa de desemprego subiu para 6,5% no trimestre até janeiro, ante 6,2% no final de 2024. Apesar da alta, o dado veio melhor que o esperado e reforça uma desaceleração gradual da economia. O Caged também apontou criação de 137,3 mil vagas formais em janeiro, com destaque para o aumento no emprego com carteira assinada.
Economistas apontam estabilidade no mercado de trabalho, mas alertam para sinais de deterioração na composição do emprego, especialmente no setor informal. A taxa de participação da força de trabalho caiu para 62,3%, interrompendo uma sequência de melhora. A expectativa é de desaceleração moderada ao longo do ano, com projeção de desemprego médio de 7,2% em 2025.
A renda real habitual cresceu 3,7%, enquanto a massa salarial aumentou 6,2%, impulsionando o consumo e a inflação de serviços. Esse cenário pode pressionar o Banco Central a manter juros elevados por mais tempo, com projeção de Selic a 14,25% em março e 15% até o fim do ano.
Apesar da perda de fôlego da economia, analistas avaliam que o mercado de trabalho segue robusto, mantendo a atividade econômica aquecida no curto prazo. No entanto, a tendência para 2025 é de um crescimento mais moderado, com impactos sobre o consumo e a inflação.
