Apesar de algumas oscilações, o dólar à vista está firme abaixo dos R$ 5,00, desde abril, e ainda nos menores patamares de 2023. Desta forma, a procura pela moeda norte-americana disparou em uma casa de câmbio.

Além da cotação, as férias de julho corroboraram pela demanda alta de dólar. Segundo um levantamento da Travelex Confidence, a procura pela divisa americana disparou 44% em julho, na comparação com o mesmo período de 2022.

Em contrapartida, a venda de dólar recuou 7% ante junho. No entanto, a demanda cresceu no comparativo com maio deste ano, com avanço de 28%. Em relação a maio de 2022, a venda de dólar foi 58% maior.

Transações digitais de dólar têm recorde

As férias de julho e a cotação abaixo de R$ 5,00 impulsionaram também as transações realizadas pela fintech de contas em dólar Nomad.

Segundo o CEO da empresa, Lucas Vargas, houve um novo recorde no volume transações com o cartão de débito internacional, resultando em um aumento de 28% em relação ao movimentado em junho.

Contudo, segundo o executivo, no mês que antecedeu o período de férias, o volume de remessas de dólar realizadas pelo aplicativo da Nomad saltaram 64%.

“O que condiz com o aumento de operações, já que os viajantes costumam abastecer a conta em dólar antes de embarcar para um destino internacional”, explica Vargas.

Procura por outras moedas

No recorte mensal, além do dólar, a procura por euro e libra esterlina também caiu no período em que o turismo está aquecido.

Sendo assim, a moeda da zona do euro liderou a queda nas vendas no mês passado, ficando 13% abaixo do montante vendido em junho. Enquanto na comparação com um ano antes, a queda foi de 14%.

Por sua vez, a procura pela moeda do Reino Unido recuou 9% ante junho e despencou 25% no comparativo anual. Porém, segundo a Travelex, a venda de libras cresceu 27% em relação ao registrado em maio deste ano.

Mesmo que a procura por essas três moedas tenha caído em julho, a venda de outra divisa fora do radar de brasileiros disparou no comparativo com julho de 2022.

A Travelex registrou um salto de 165% pelo iene, moeda oficial do Japão, na comparação com julho de 2022. Entretanto, a venda da divisa japonesa caiu 7% ante junho.

“Considerando o cenário internacional, os Estados Unidos encontram-se no fim do ciclo de alta da taxa de juros. A melhora econômica no Brasil e alta de commodities ainda podem favorecer a valorização do real“, diz o diretor do Grupo Travelex, Jorge Arbex.