A Petrobras registrou uma produção total própria de óleo e gás natural de 2,628 milhões de barris por dia (Mboed) no quarto trimestre de 2024, o que representa uma queda de 10,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira. No acumulado do ano, a produção foi de 2,698 Mboed, refletindo uma redução de 3% em comparação com 2023. Em relação ao terceiro trimestre, o recuo foi de 3,4%, explicado principalmente pelo maior número de paradas para manutenção no campo de Búzios, parcialmente compensadas pelo pico de produção do FPSO Sepetiba e pelo início das operações dos FPSOs Maria Quitéria e Marechal Duque de Caxias.
Apesar da queda na produção, a Petrobras cumpriu todas as metas estabelecidas no seu Plano Estratégico 2024-2028+, mantendo-se dentro do intervalo de 4%. A companhia também alcançou novos recordes anuais de produção no pré-sal, tanto na produção própria, com 2,2 milhões de boed, quanto na operada, com 3,2 milhões de boed. O pré-sal foi responsável por 81% da produção total da empresa em 2024.
No que diz respeito às vendas, a Petrobras comercializou 2,914 milhões de barris por dia de petróleo, gás e combustíveis em 2024, uma redução de 3,1% em relação a 2023. As exportações de petróleo, derivados e outros produtos somaram 798 mil barris por dia no ano passado, registrando uma leve queda de 1% em comparação ao ano anterior.
Entre os combustíveis, as vendas de gasolina e querosene de aviação (QAV) tiveram crescimento, enquanto as de diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP) apresentaram retração. As vendas de gasolina aumentaram 9,1% no quarto trimestre, impulsionadas pela maior circulação de veículos durante as festas de fim de ano e pela injeção do décimo terceiro salário na economia. O QAV também teve um incremento de 6,4% nas vendas, reflexo do aumento na movimentação de passageiros no período de férias.
Por outro lado, as vendas de diesel caíram 3,8%, impactadas pelo menor consumo após o plantio da safra de grãos de verão e pela redução da atividade industrial. Na produção de derivados, a gasolina se destacou com um crescimento de 4,8%, enquanto o querosene de aviação teve alta de 4,5%, acompanhando a demanda do mercado.
As vendas de gás natural diminuíram cerca de 2 milhões de m³ por dia no trimestre, influenciadas pela maior participação de outros agentes no mercado e pela menor demanda no segmento não termelétrico. Além disso, com os reservatórios de energia relativamente cheios, as vendas de energia elétrica gerada pela companhia caíram 12,5%.
