Google e Microsoft se comprometeram com investimentos de até US$ 20 bilhões nos próximos anos

A onda de ciberataques neste ano a grandes empresas e a setores ligados a infraestrutura colocou a segurança digital entre as prioridades das agendas governamentais e do setor privado.

Após o G7 alertar para o crescimento do cibercrime e cobrar ação da Rússia no encontro da cúpula em junho, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniu com as principais empresas de tecnologia nesta semana e pediu cooperação para a defesa cibernética do país —grande parte da infraestrutura americana é operada pelo setor privado.

Gigantes como Google e Microsoft se comprometeram com investimentos de até US$ 20 bilhões (R$ 104 bilhões) nos próximos anos.

Um dos principais pontos de atenção de lideranças globais e executivos é o ransomware, ação em que criminosos criptografam máquinas e sistemas de empresas e cobram um resgate para reestabelecer o acesso e não divulgar dados sigilosos na internet. O pagamento é solicitado em criptomoeda.

O ataque é considerado o maior destaque do cibercrime em 2021, de acordo com a Verizon, que realiza um dos relatórios mais amplos no mercado internacional de segurança. O incidente responde por 10% das violações digitais. Pode parecer pouco, mas em 2018 a proporção era inferior a 2%.

Renner, JBS, Fleury, Cosan, Braskem e Embraer foram alvo dessa ofensiva durante a pandemia, além de infraestruturas críticas, como a Colonial Pipeline, maior oleoduto americano, e órgãos governamentais. No Brasil, foi o caso do Superior Tribunal de Justiça e do Tesouro Nacional.

O pedido médio de resgate de hackers a grandes empresas é de US$ 3 milhões (R$ 16,7 milhões) nos Estados Unidos, Canadá e Europa, embora a média paga seja de US$ 312 mil (R$ 1,6 milhão), de acordo com a empresa Palo Alto Networks. Já a JBS, por exemplo, pagou US$ 11 milhões (R$ 57,4 mi) para não ter os dados vazados em junho deste ano.

Folha de São Paulo

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