Taxas do Tesouro IPCA+ acumulam quarta queda com alívio externo
No Tesouro Direto, o Tesouro IPCA+ 2029 passou a oferecer juros reais de 7,42% ao ano, abaixo dos 7,85% da semana anterior

As taxas dos títulos públicos atrelados à inflação registram queda pela quarta sessão consecutiva nesta terça-feira (4), influenciadas por dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos e expectativas sobre a guerra comercial com a China. Após uma breve alta, as taxas recuaram com a divulgação de que a criação de empregos nos EUA caiu para 7,6 milhões em dezembro, abaixo das previsões dos analistas.

Outro fator positivo foi o anúncio de uma possível ligação entre o presidente Donald Trump e o presidente chinês Xi Jinping, aumentando as expectativas de um acordo para aliviar as tensões comerciais. Em resposta às tarifas americanas, a China aplicou taxas de 15% sobre cerca de US$ 5 bilhões em produtos energéticos e 10% sobre petróleo e equipamentos agrícolas, além de abrir investigação antitruste contra o Google.

No Tesouro Direto, o Tesouro IPCA+ 2029 passou a oferecer juros reais de 7,42% ao ano, abaixo dos 7,85% da semana anterior. Os títulos de vencimento mais longo também recuaram: o IPCA+ 2050 paga 7,45% e o IPCA+ 2040, 7,30% ao ano acima da inflação. Entre os prefixados, as taxas caíram abaixo de 15% ao ano, com o título para 2035 pagando 14,36% com juros semestrais.

A curva de juros já vinha reagindo a um ambiente mais estável no Brasil, após a taxa de desemprego subir levemente para 6,2% na última sexta-feira (31), sinalizando possível desaceleração econômica. Especialistas ainda recomendam os títulos do Tesouro Selic como a melhor opção em renda fixa, mas consideram atrativos os papéis que oferecem IPCA + 7% ao ano.

redacao
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