A Uber divulgou na última quarta-feira, 4, seu balanço do terceiro trimestre deste ano com prejuízo líquido de US$ 2,4 bilhões. A companhia afirma que resultado vem das perdas no valor de seus investimentos, embora os preços das corridas e a saída de muitos motoristas venham causado grandes dificuldades há alguns meses.
Para tentar reduzir seus preços e aumentar a disponibilidade de parceiros, a empresa confirmou a volta da categoria Uber Juntos. Desativada desde o início da pandemia, em março de 2020, ela oferece corridas compartilhadas entre até três passageiros.
A expectativa do CEO da companhia, Dara Khosrowshahi, é que os preços voltem cair após o retorno do Uber Juntos. Entretanto, quando estava disponível, muitos motoristas reclamavam de rotas ruins e de receberem avaliações negativas dos passageiros por conta desses percursos.
No vermelho
De julho a setembro, a Uber teve lucro EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 8 milhões, valor positivo na comparação com a perda de US$ 507 milhões registrada um trimestre antes. Mesmo assim, a empresa fechou o período com prejuízo líquido de US$ 2,4 bilhões.
A companhia aponta a queda no valor de seus investimentos, principalmente da chinesa Didi, como a principal culpada. Segundo a Uber, as desvalorizações de Zomato, Aurora e Joby também ampliaram os prejuízos.
O número representa mais que o dobro do prejuízo apurado no mesmo trimestre de 2020, quando a empresa perdeu US$ 1,09 bilhão. Esse foi mais um semestre de números negativos para o grupo.
Por outro lado, o Uber Eats mostrou um bom resultado ao terminar o terceiro trimestre com renda bruta de US$ 12,8 bilhões. O crescimento do braço de delivery foi de 50% na comparação anual.
