WEG lucra R$ 1,54 bilhão no 1º trimestre mas decepciona mercado
Em relatório divulgado ao mercado, a companhia reconheceu o ambiente desafiador, mas reforçou sua confiança na estratégia de longo prazo

A WEG iniciou 2025 com um lucro líquido de R$ 1,54 bilhão no primeiro trimestre, avanço de 16,4% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, o desempenho ficou aquém das expectativas dos analistas, que projetavam R$ 1,705 bilhão, segundo levantamento do BTG Pactual. Na comparação com o último trimestre de 2024, o resultado caiu 8,8%, refletindo um início de ano mais moderado após um período de forte desempenho.

Apesar da frustração com o lucro, a receita operacional líquida surpreendeu positivamente, ao somar R$ 10,07 bilhões no trimestre — um crescimento expressivo de 25,5% na base anual. Esse avanço foi impulsionado tanto pelo mercado interno, com alta de 14%, quanto pelo mercado externo, que registrou crescimento robusto de 36,3%. Ainda assim, a pressão sobre as margens ficou evidente: a margem Ebitda recuou 0,4 ponto percentual na comparação anual e 0,5 ponto em relação ao trimestre anterior, fechando em 21,6%.

O Ebitda ajustado totalizou R$ 2,17 bilhões, aumento de 22,8% na comparação com o primeiro trimestre de 2024. Já frente ao quarto trimestre do ano passado, houve retração de 9%. Além disso, o ROIC (retorno sobre o capital investido) também sofreu queda, atingindo 33,2% — 5,7 pontos percentuais abaixo do registrado há um ano e 1 ponto percentual menor na comparação trimestral.

Em relatório divulgado ao mercado, a companhia reconheceu o ambiente desafiador, mas reforçou sua confiança na estratégia de longo prazo. “Apesar do momento de incerteza no cenário geopolítico atual, continuamos confiantes em nosso modelo de negócio, sustentado por uma visão de longo prazo, presença global e diversificação de produtos e soluções”, afirmou a empresa.

 

Na véspera da divulgação dos resultados, a WEG também anunciou uma importante decisão societária. Em assembleia geral, os acionistas aprovaram um aumento de capital de R$ 5 bilhões, por meio da incorporação de reservas. Com isso, o capital social da companhia passará de R$ 7,5 bilhões para R$ 12,5 bilhões, sem emissão de novas ações.

redacao
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