As autoridades russas confiscaram cerca de US$ 50 bilhões em ativos nos últimos três anos, como parte da transição para um modelo econômico de “fortaleza russa” durante a guerra na Ucrânia, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (9).
A medida acompanha a saída de empresas ocidentais do país e a expropriação de ativos estrangeiros, autorizada por decretos assinados por Vladimir Putin.
Além de empresas estrangeiras, como Uniper e Carlsberg, também houve transferência de controle de grandes companhias nacionais, com base em denúncias de corrupção, má gestão ou necessidade estratégica. Segundo o escritório NSP, a chamada “nacionalização” somou quase 4 bilhões de rublos no período.
O movimento marca um afastamento definitivo do modelo de economia aberta tentado após o fim da União Soviética. Embora a economia russa tenha mostrado resiliência durante a guerra, seu valor em dólares caiu para US$ 2,2 trilhões em 2024, segundo o FMI — muito abaixo de EUA, União Europeia e China.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defende que as sanções e a saída das empresas estrangeiras fortaleceram a indústria nacional e que a Rússia deve seguir um novo modelo de desenvolvimento, rompendo com a globalização.