A Embraer (EMBR3) divulgou nesta terça-feira (5) os resultados do segundo trimestre de 2025, reportando prejuízo líquido ajustado de R$ 53,4 milhões, em contraste com o lucro de R$ 415,7 milhões obtido no mesmo período de 2024. Apesar do resultado negativo na última linha, a companhia apresentou melhora significativa no desempenho operacional, refletida no crescimento das receitas e das margens.
O Ebitda ajustado (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 1,39 bilhão, ante R$ 995,5 milhões no segundo trimestre do ano passado, elevando a margem para 13,5% frente aos 12,7% do período anterior. Já o Ebit ajustado (lucro antes de juros e impostos) somou R$ 1,08 bilhão, comparado aos R$ 725,5 milhões de um ano atrás, com margem de 10,6%. A receita líquida da fabricante brasileira de aeronaves chegou a R$ 10,3 bilhões, avançando em relação aos R$ 7,8 bilhões registrados no segundo trimestre de 2024.
Entre os segmentos de atuação, a Aviação Executiva se destacou como principal motor de crescimento, com receita 74% maior na comparação anual. As áreas de Defesa & Segurança, Serviços & Suporte e Aviação Comercial também registraram desempenho positivo, com altas de 28%, 23% e 11%, respectivamente. A Embraer ressaltou que o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos não foi significativo para os números do trimestre.
A companhia manteve suas projeções para 2025, estimando entregas de 77 a 85 aeronaves na Aviação Comercial — o que representaria alta de 10% no ponto médio em relação ao ano anterior — e de 145 a 155 jatos na Aviação Executiva, avanço de 15% no mesmo comparativo. No campo financeiro, a expectativa permanece de receitas entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões, margem Ebit ajustada entre 7,5% e 8,3% e geração de fluxo de caixa livre ajustado de pelo menos US$ 200 milhões.
