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Petrobras vai pagar bons dividendos? Veja o que esperam os analistas para o 2T25

A divulgação do balanço trará mais clareza sobre o espaço da estatal para manter sua política de distribuição de proventos nos próximos trimestres

A Petrobras (PETR4) deve apresentar resultados sólidos no segundo trimestre de 2025, mesmo com a pressão de preços mais baixos do petróleo e da política de combustíveis no mercado interno. O balanço será divulgado nesta quinta-feira (7), após o fechamento do mercado. Segundo o consenso da Bloomberg, a estatal deve reportar receita líquida de R$ 114,6 bilhões, Ebitda de R$ 56,9 bilhões e lucro líquido de R$ 22,4 bilhões, revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior. A expectativa é de dividendos próximos a US$ 2 bilhões.

Entre os bancos, o Safra projeta Ebitda de US$ 9,9 bilhões, lucro líquido de US$ 3,6 bilhões e dividendos de US$ 2,2 bilhões, com yield de 2,8%. O BTG Pactual é mais otimista, estimando Ebitda de US$ 10,9 bilhões, alta de 2% no trimestre, sustentado por maior volume de produção, além de fluxo de caixa livre de US$ 5,3 bilhões e dividendos de US$ 2,3 bilhões (yield de 3%).

O Bradesco BBI prevê Ebitda de US$ 9,97 bilhões, queda de 6% em relação ao 1T25 e 17% frente ao 2T24. Para o banco, o impacto positivo do aumento na produção será anulado pela queda do Brent e pelos menores preços dos combustíveis. Os dividendos estimados são de US$ 1,9 bilhão, abaixo dos US$ 2,1 bilhões do trimestre anterior.

O Santander também projeta Ebitda de US$ 9,9 bilhões e destaca fatores negativos como a queda do petróleo e perdas no refino, apesar do recorde de produção. A expectativa é de fluxo de caixa livre de US$ 4,6 bilhões e dividendos de US$ 2,1 bilhões. Para o banco, a Petrobras atravessa uma fase crítica do seu plano estratégico, com pouca flexibilidade e risco de revisão do planejamento ainda em 2025.

Já o BTG adota uma visão mais construtiva. Segundo o banco, mesmo diante dos desafios, a Petrobras continua sendo uma das oportunidades mais atrativas do setor, com dividend yield estimado em 11%, lucros consistentes e ações ainda negociadas com desconto frente aos pares globais. A divulgação do balanço trará mais clareza sobre o espaço da estatal para manter sua política de distribuição de proventos nos próximos trimestres.

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