O JPMorgan ajustou sua visão para o setor de telecomunicações na América Latina após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025, com destaque para o rebaixamento da Vivo (VIVT3) e a manutenção da TIM (TIMS3) como uma das preferidas no segmento.
A Vivo passou de recomendação equal-weight (exposição igual à média do mercado) para underweight (exposição abaixo da média, equivalente à venda), em meio a uma combinação de avaliação considerada elevada e riscos de revisões negativas nas estimativas de lucro do consenso. O banco fixou preço-alvo de R$ 28,50 para dezembro de 2026, frente aos R$ 26 projetados anteriormente para dezembro de 2025.
As estimativas de Ebitda foram reduzidas em 1,3% para 2025 e 1,6% para 2026, enquanto as projeções de lucro líquido recuaram 12,1% e 11,7%, respectivamente, nos mesmos períodos. Segundo o JPMorgan, esses cortes representam um potencial de queda de cerca de 7% em relação às projeções do consenso Bloomberg, com impacto direto sobre os dividendos esperados.
O relatório destaca ainda que a Vivo é hoje a operadora madura mais cara da América Latina, sendo negociada a 9,4 vezes EV/OpFCF estimado para 2026, com expectativa de crescimento anual de apenas 4,1% entre 2026 e 2029.
