A compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB – BSLI4) deve ser aprovada pelo Banco Central até quarta-feira (20), segundo apuração do portal UOL. Antes disso, a Câmara Legislativa do Distrito Federal precisa votar, na terça-feira (19), o projeto de lei encaminhado pelo governador Ibaneis Rocha que autoriza o BRB a investir em outras instituições financeiras — condição essencial para a conclusão do negócio.
Pelos termos finais da operação, o BRB ficará com 58% do capital social do Master, sendo 49% em ações ordinárias e 100% das preferenciais. Quando o acordo foi anunciado em março, previa a incorporação de R$ 50 bilhões em ativos, excluindo R$ 23 bilhões considerados problemáticos. No entanto, o desenho mudou: agora, o BRB assumirá apenas R$ 25 bilhões em ativos, enquanto R$ 48 bilhões ficarão de fora da transação.
A possível aprovação acontece após uma sequência de reforços de capital no Banco Master. O Banco Central já havia autorizado, recentemente, um aumento de R$ 1 bilhão no capital social da instituição, que passou de R$ 3,763 bilhões para R$ 4,763 bilhões. Foi o segundo aporte bilionário em 2025, totalizando R$ 2 bilhões. Essa capitalização foi uma das exigências feitas pelo BRB para garantir segurança financeira e viabilizar a aquisição.
Se confirmada, a operação marcará um dos movimentos mais relevantes do setor bancário em 2025, ampliando o peso do BRB no mercado e redefinindo a configuração do Banco Master, que passará por um enxugamento de ativos para atender às condições impostas pelo regulador e pelo novo controlador.
