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BB eleva preço-alvo da Direcional (DIRR3) e vê potencial em dividendos

O BB-BI manteve recomendação de compra para Direcional (DIRR3) e elevou o preço-alvo de R$ 14 para R$ 20, após alta de 70% das ações em 2025

O BB-BI, braço de investimentos do Banco do Brasil, reiterou a recomendação de compra para as ações da Direcional (DIRR3) e elevou o preço-alvo de R$ 14 para R$ 20, após incorporar os resultados do primeiro semestre de 2025. No acumulado do ano, os papéis já valorizam mais de 70%, passando de R$ 8,87 no fim de 2024 para R$ 15,46 atualmente. Segundo o analista Felipe Mesquita, a construtora vem apresentando desempenho sólido, com lançamentos que somaram R$ 5 bilhões em 12 meses, um crescimento anual de 13,5%.

As vendas líquidas consolidadas avançaram 25% no mesmo período, refletindo a resiliência da demanda, enquanto o lucro líquido acumulado chegou a R$ 690 milhões no segundo trimestre, alta de 48,5% em relação ao ano anterior. Um dos motores desse resultado é o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que impulsiona o segmento de baixa renda, no qual a Direcional possui forte atuação e grande expertise em regiões com alto déficit habitacional.

O relatório também destaca a relevância da Riva, subsidiária voltada para empreendimentos de médio padrão, que representou 32% dos lançamentos e 35% das vendas no primeiro semestre. A Direcional ainda concluiu a venda de uma fatia minoritária de cerca de 10% da Riva para um investidor institucional do setor imobiliário, operação que rendeu R$ 265 milhões e pode chegar a até 15% de participação, com expectativa de que parte dos recursos seja distribuída aos acionistas como dividendos.

Mesmo sem considerar essa operação, a construtora já pagou aproximadamente R$ 1,24 por ação em proventos nos últimos 12 meses, ajustado pelo desdobramento 1:3, o que corresponde a um dividend yield próximo de 8%. Esse potencial de retorno reforça a atratividade da companhia no radar de investidores.

Entre os riscos para a tese, o BB alerta para a possibilidade de restrições no crédito ao cliente do MCMV, alta dos custos de construção e atrasos na aprovação de projetos. Além disso, os juros ainda elevados seguem como fator de atenção, principalmente para os empreendimentos de médio padrão, que dependem mais do financiamento imobiliário.

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