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Taxas curtas dos DIs sobem com foco nas pautas fiscais no Congresso

DIs curtos sobem com incerteza fiscal e longos recuam após queda dos Treasuries

As taxas dos DIs curtos fecharam em alta nesta quarta-feira (1º), com o mercado de olho nas pautas fiscais no Congresso, como a votação do projeto que amplia a isenção do IR e a MP que eleva a taxação sobre aplicações financeiras e apostas. O DI para janeiro de 2028 subiu a 13,375% e o de 2029 foi a 13,25%.

Já os contratos longos recuaram, acompanhando a queda dos rendimentos dos Treasuries após o shutdown nos EUA e os dados fracos de emprego da ADP, que reforçaram apostas em cortes de juros pelo Fed. O DI para janeiro de 2035 caiu a 13,485%.

Segundo Luciano Rostagno, da EPS Investimentos, a preocupação é que o Congresso aprove isenções sem medidas compensatórias, ampliando riscos fiscais. A curva de juros segue precificando manutenção da Selic em 15% na reunião do Copom de novembro, sinalizando cautela do Banco Central diante do cenário.

No exterior, o rendimento do Treasury de 10 anos recuou para 4,11%, refletindo o aumento da percepção de que a autoridade monetária norte-americana terá de acelerar o ciclo de cortes de juros. Esse movimento ajudou a aliviar parte da pressão sobre os DIs mais longos, embora o foco doméstico siga dominado pelas incertezas fiscais.

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