O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (13) em alta de 0,88%, aos 141.916 pontos, impulsionado pelo tom mais conciliador do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China. O dólar recuou 0,75%, cotado a R$ 5,4623, em um dia marcado também pela valorização de mais de 1% do petróleo.
A mudança de discurso ocorreu após Trump anunciar, na sexta-feira, tarifas de 100% sobre produtos chineses e restrições à exportação de softwares, escalando a guerra comercial. No domingo, no entanto, ele afirmou que os EUA “não querem prejudicar a China”, abrindo espaço para maior apetite por risco.
O alívio no cenário internacional levou investidores a buscar ativos de países emergentes, como Brasil, e pressionou o dólar para baixo. O real chegou a se valorizar mais de 1%, enquanto as taxas dos DIs recuaram levemente: o contrato para janeiro de 2028 fechou em 13,415%, e o de 2029, em 13,39%. Segundo analistas, o mercado apenas ajustou os movimentos da semana passada, quando o “tarifaço” de Trump havia impulsionado a moeda americana e elevado a curva de juros.
No mercado local, os investidores seguem projetando manutenção da taxa Selic em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em novembro. O Boletim Focus indicou queda na expectativa de inflação para 2025, de 4,80% para 4,72%, enquanto a projeção para 2026 permaneceu em 4,28%. A taxa básica deve encerrar 2026 em 12,25%, segundo as estimativas do mercado.