Destaque
DestaqueEconomiaFinançasMercadosNotícias

Santander revisa projeção e vê IPCA de 2025 mais perto da meta

Santander reduz projeções e vê inflação de 2025 mais próxima da meta; câmbio forte, commodities estáveis e juros altos seguem puxando a desinflação

O Santander revisou sua projeção para a inflação de 2025 de 4,7% para 4,4%, estimando que o IPCA ficará dentro do intervalo de tolerância da meta. A apreciação do câmbio, a acomodação das commodities e os efeitos acumulados da política monetária restritiva seguem como principais vetores da desinflação, segundo a diretora Ana Paula Vescovi e sua equipe.

O banco observa que a queda recente da inflação tem sido puxada pelos bens comercializáveis, beneficiados pela redução dos preços das commodities em reais, tendência que pode persistir nos próximos meses. Para manter o processo, o Santander destaca dois fatores: estabilidade das commodities e efetividade da taxa de juros real. A projeção do IPCA de 2026 também foi reduzida, de 4,2% para 3,9%.

O cenário incorpora efeitos da reforma da renda sobre o consumo, embora o banco veja possíveis riscos de subestimação, além de volatilidade adicional em ano eleitoral — especialmente no câmbio. Uma boa safra de grãos em 2026 e condições climáticas favoráveis continuam sendo pontos-chave para evitar pressões altistas, tanto nos alimentos quanto na energia.

Nas projeções macro, o Santander manteve alta de 2% para o PIB em 2025 e 1,5% em 2026, prevendo desaceleração gradual da economia e impulso fiscal equivalente a 1,5% do PIB, o que preserva a meta, mas aumenta a dívida.

Para a política monetária, o banco vê início dos cortes da Selic em janeiro, condicionado à reancoragem das expectativas e à estabilização das revisões do hiato, projetando que 2026 termine com taxa de 12,50% após um ciclo de reduções graduais.

Postagens relacionadas

1 of 533