O PicPay encerrou o primeiro semestre de 2025 com lucro líquido de R$ 208,4 milhões, um crescimento de 237,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita totalizou R$ 4,532 bilhões, avanço de 91% em base anual, enquanto a rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 20,3%. O número total de clientes subiu 13% em um ano, atingindo 63,9 milhões.
Em nota, o CEO Eduardo Chedid destacou a combinação entre expansão e disciplina operacional. “Mais uma vez, mostramos nossa capacidade de crescer com rentabilidade e eficiência”, afirmou. Já o diretor de RI, M&A e Estratégia, André Cazotto, ressaltou que a receita por cliente ativo é mais de três vezes superior ao custo de servir, evidenciando a sustentabilidade do modelo.
Os usuários ativos somaram 41,3 milhões em junho, alta de 14% em doze meses. Entre eles, 32% passaram a usar a fintech como seu banco principal. A receita média por usuário ativo (Arpac) atingiu R$ 60,50, avanço de 76%, enquanto o custo de servir ficou em R$ 19, com crescimento de apenas 6%. O índice de eficiência caiu de 77% para 56%, movimento considerado positivo pelo mercado, já que quanto menor o indicador, maior a eficiência.
A carteira de crédito, que inclui empréstimo pessoal, cartão, consignado e antecipação do FGTS, alcançou R$ 16,1 bilhões ao fim de junho, alta de 169% em comparação a 2024. A inadimplência ficou em 4,1%, levemente acima dos 4,0% de março, mas acima dos 1,9% registrados um ano antes. Para a companhia, o nível atual é compatível com uma carteira em maturação e está em linha com a estratégia de equilibrar risco e rentabilidade.
Segundo o balanço, a expansão do crédito, aliada ao aumento da base de clientes e à melhora dos indicadores de eficiência, mostra que a fintech mantém disciplina no crescimento e reforça a posição de destaque no setor financeiro digital brasileiro.
