A massa falida do Banco BVA, liquidado em 2014, anunciou uma última chamada para depositantes e investidores com direito à cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) que se apresentaram como credores no processo. Administrada pela Alvarez & Marsal, a massa está concluindo a etapa de pagamentos relacionados à diferença que surgiu após a ampliação do limite de garantia do FGC, ocorrida poucos meses depois da liquidação do banco.
Em outubro de 2024, a Justiça autorizou o primeiro rateio aos credores quirografários — categoria que inclui depositantes e investidores —, com a liberação de R$ 171 milhões para 576 credores, de um total de 3.894 habilitados. Dentro desse grupo, estão 1.649 depositantes elegíveis à cobertura do fundo. Segundo a massa falida, 1.015 deles têm agora a chance de recuperar até 100% de seus créditos.
A diferença a ser paga refere-se à ampliação da cobertura do FGC, que subiu de R$ 70 mil para R$ 250 mil após a falência do BVA. Em 2015, o fundo aceitou repassar até R$ 200 mil adicionais por depositante, em acordo firmado com a massa falida. Estão excluídos, porém, os clientes que moveram ações judiciais contestando o valor. O montante reservado para esses pagamentos é de até R$ 88 milhões.
O FGC deve publicar o edital de início dos repasses ainda nesta semana ou no começo da próxima. Os credores terão apenas 15 dias, contados a partir da divulgação, para solicitar o recebimento. O anúncio marca a fase final de um processo que se estende há mais de uma década e busca encerrar pendências junto a milhares de clientes que tiveram prejuízos com a quebra do banco.