O Nubank anunciou nesta terça-feira (30) que protocolou um pedido de licença de banco nacional junto ao Escritório do Controlador da Moeda (OCC, na sigla em inglês), órgão regulador do sistema bancário dos Estados Unidos. Caso o pleito seja aceito, a fintech poderá operar como instituição financeira no país, oferecendo produtos como contas de depósito, cartão de crédito, empréstimos e custódia de ativos digitais.
A nova operação nos Estados Unidos será uma subsidiária integral da Nu Holdings, e terá como CEO Cristina Junqueira, cofundadora e atual diretora da companhia, que se mudou em tempo integral para o país com o objetivo de liderar a iniciativa. “Acreditamos que, ao trabalhar em estreita colaboração com os reguladores, em breve estaremos em posição de ampliar nossa oferta para o mercado dos EUA como um todo”, declarou Junqueira.
Segundo o fundador e CEO da Nu Holdings, David Vélez, o movimento representa mais um passo na expansão internacional da empresa, que até agora concentra sua atuação no Brasil, México e Colômbia. “Nosso foco principal continua sendo gerar crescimento em nossos mercados atuais, onde seguimos observando amplas oportunidades de expansão. Ao mesmo tempo, a solicitação da licença nos EUA nos ajuda a atender melhor nossos clientes já estabelecidos no país e, no futuro, a nos conectar com pessoas que poderiam se beneficiar de nossos produtos e serviços”, afirmou.
A solicitação foi feita em conjunto com o Klaros Group e com o escritório de advocacia Davis Polk & Wardwell LLP. O conselho de administração da operação americana terá nomes de peso, como Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central do Brasil, que atuará como presidente do conselho; Cristina Junqueira; Youssef Lahrech, ex-presidente e diretor do Nu; Brian Brooks, ex-Comptroller of the Currency interino e hoje CEO da Meridian Capital Group; e Kelley Morrell, ex-executiva da Blackstone e do Departamento do Tesouro dos EUA.
Fundado em 2013 em São Paulo, o Nubank se consolidou como um dos maiores bancos digitais do mundo, atendendo atualmente quase 123 milhões de clientes na América Latina. No segundo trimestre de 2025, a instituição alcançou receita de US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 19,7 bilhões) e lucro líquido recorde de US$ 637 milhões (R$ 3,4 bilhões), reforçando seu peso crescente no setor financeiro global.