A XP Investimentos divulgou uma nova projeção para o desempenho da bolsa brasileira, indicando um cenário mais otimista para os próximos anos. Segundo a corretora, o valor justo do Ibovespa no fim de 2026 deve alcançar 170 mil pontos, acima da estimativa anterior de 150 mil pontos para o encerramento de 2025.
De acordo com a casa, essa revisão para cima reflete a expectativa de fim do ciclo de aperto monetário no Brasil e uma trajetória de desaceleração da inflação, fatores que devem contribuir para melhorar o ambiente de negócios e a atratividade dos ativos de risco. A XP também ressaltou que a proximidade das eleições de 2026 pode trazer maior volatilidade, mas, ao mesmo tempo, tende a aumentar o interesse dos investidores pela bolsa local.
A projeção considera múltiplos ainda abaixo da média histórica. O preço sobre lucro estimado para o Ibovespa em 2026 é de 10 vezes, contra uma média de 11 vezes. O EV/Ebitda projetado é de 5,5 vezes, também inferior à média histórica de 6,5 vezes. Além disso, o cálculo leva em conta um custo médio ponderado de capital (WACC) de 13,3%, reforçando a visão de que há espaço para valorização.
A XP aproveitou o relatório para anunciar mudanças em sua carteira “Top Ações”. A corretora aumentou a alocação em papéis da Vale, Itaú PN e Motiva, ao mesmo tempo em que retirou as ações da Gerdau e da Rede D’Or. Já na carteira voltada para dividendos, houve a saída da Cemig, com reforço nas posições em B3 e Engie Brasil.
Com as alterações, a XP busca adequar suas recomendações ao cenário esperado para os próximos trimestres, reforçando nomes ligados a setores considerados resilientes e com maior potencial de retorno no médio prazo.