A Genial Investimentos oficializou sua entrada no mercado de ETFs com o lançamento do Genial Teva Debêntures DI Quality High Beta Fundo de Índice (GICP11), seu primeiro fundo negociado em bolsa com foco no mercado de crédito privado. O produto estreia com investimento inicial de cerca de R$ 34 milhões e começou a ser negociado no mercado secundário nesta quinta-feira (9).
O novo ETF surge como uma alternativa diferenciada para investidores que buscam exposição a carteiras de renda fixa antes restritas a grandes players institucionais. De acordo com Rafael Zlot, CIO de renda fixa da Genial, a categoria tem se expandido rapidamente no Brasil: desde 2019, o patrimônio líquido consolidado dos ETFs de renda fixa cresceu mais de 320%, segundo dados da B3 e Quantum Axis. “Os ETFs dão acesso a portfólios que antes estavam disponíveis apenas para grandes investidores institucionais”, destacou.
Com uma composição de 99% em debêntures e 1% em Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), o GICP11 tem como foco papéis de emissores de alta qualidade e prazos mais longos. Setores como óleo e gás (13,74%), geração de energia (12,32%) e saneamento (10,78%) lideram a carteira. Um estudo retroativo com base no índice do fundo indica retorno de 48,51% em três anos, acima dos 42,77% do CDI no mesmo período, evidenciando o potencial de rentabilidade do produto.
Segundo Luis Iglesias, analista responsável pelo desenvolvimento do ETF, a estratégia busca equilibrar segurança e retorno em um segmento com amplo espaço para crescimento. “Dos 24 ETFs de renda fixa focados em ativos brasileiros, apenas três são voltados para crédito privado. É um segmento no qual temos muita experiência. A Genial possui mais de R$ 7 bilhões sob gestão em fundos de renda fixa e crédito privado”, explicou.
O novo fundo também oferece vantagens tributárias ao investidor, como a ausência de cobrança de IOF e a eliminação do mecanismo de “come-cotas”, o que pode representar ganhos relevantes no longo prazo. Voltado ao público geral, o GICP11 tem aplicação mínima de R$ 10 por cota, taxa de administração de 0,5% ao ano e não cobra taxa de performance, ampliando o acesso ao mercado de crédito privado no Brasil.