Juros de prefixados do Tesouro Direto caem após divulgação do boletim Focus

O boletim Focus, divulgado pelo BC revelou que as previsões para o IPCA de 2023 diminuíram de 4,55% para 4,53%

A última semana de novembro inicia com uma redução nos juros dos títulos do Tesouro Direto. Hoje, segunda-feira (27), o mercado financeiro reage ao boletim Focus e avalia o contexto político brasileiro.

O boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, revelou que as previsões para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2023 diminuíram de 4,55% para 4,53% em comparação com a semana anterior, enquanto as expectativas para 2024 permanecem em 3,91%.

Quanto ao PIB (Produto Interno Bruto), a previsão mediana para este ano teve uma leve queda de 2,85% para 2,84%. As projeções para os anos subsequentes - 2024 em 1,50%, 2025 em 1,93% e 2026 em 2% - se mantêm inalteradas.

No cenário político, a atenção se volta para a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores significativos para o emprego no Brasil. O projeto, aprovado pelo Congresso, foi vetado na íntegra pelo presidente Lula, mas encontrou apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que o defendeu em uma entrevista recente.

Embora o Congresso possa reverter o veto presidencial, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu apresentar um projeto alternativo para ser avaliado por senadores e deputados. Pacheco expressou disposição em considerar a nova proposta, enfatizando a importância de sua apresentação até 31 de dezembro.

No âmbito fiscal, um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) está em curso, com potencial de impactar positivamente as finanças públicas. Este julgamento envolve uma possível revisão na metodologia de cálculo dos precatórios, que são dívidas resultantes de decisões judiciais finais contra o governo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstra especial interesse nesse julgamento, buscando viabilizar o pagamento do acumulado de precatórios através de créditos extraordinários, isto é, fora do novo teto de gastos. Há também uma intenção de modificar como essas despesas são registradas nas contas públicas.

Em relação ao Tesouro Direto, os títulos prefixados apresentaram menor rentabilidade na atualização das 9h22 desta segunda-feira, comparativamente ao fechamento da sexta-feira (24). O Tesouro Prefixado com vencimento em 2026 oferecia um rendimento anual de 10,23%, abaixo dos 10,31% da sessão anterior. Da mesma forma, o Tesouro Prefixado 2029 rendia 10,88% ao ano, ligeiramente inferior aos 10,90% da última sexta-feira.

Quanto ao Tesouro IPCA+ 2029, a taxa caiu de 5,54% para 5,51%, enquanto a rentabilidade do título atrelado à inflação com vencimento em 2055 diminuiu de 5,80% para 5,78%. As taxas reais dos títulos com vencimento em 2035 e 2045 permaneceram estáveis em 5,66% e 5,80%, respectivamente.