Após superar O Boticário em 2022, a Cacau Show consolidou ainda mais sua liderança no mercado de franquias em 2023, de acordo com o ranking divulgado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) nessa quinta-feira (8/2). A renomada franquia de chocolates atingiu a marca impressionante de 4.216 unidades em operação, registrando um crescimento notável de 10,70% em relação ao ano anterior. Vale ressaltar que a lista considera exclusivamente os associados à entidade.
Fundada por Alê Costa, a rede expandiu sua presença ao inaugurar quase 500 novas unidades ao longo do ano passado. Além disso, a Cacau Show diversificou seus investimentos ao adentrar novas áreas, como entretenimento, com a inauguração de uma montanha-russa em sua fábrica em São Paulo, e a abertura de um novo hotel no interior paulista.
No entanto, a marca enfrentou um desafio significativo no último trimestre, com um incêndio nas instalações da fábrica localizada no Espírito Santo. Na ocasião, foi assegurado que o incidente não afetaria a produção da marca, destacando-se que essa planta era responsável por 19% do negócio.
Em declaração à PEGN, Alê Costa comemorou o feito, enfatizando: "Pelo segundo ano consecutivo, somos a maior franqueadora do Brasil. Este é um marco incrível para nossa história, pois evidencia que estamos no caminho certo. São 20 anos de comprometimento com cada um de nossos franqueados. Sem eles, nada disso seria possível".
Além da Cacau Show, destacaram-se no estudo outras redes em ascensão, como a novata Decor Colors, especializada no ramo de tintas, que registrou um crescimento impressionante de 96,90% no número de lojas, e a consagrada Kopenhagen, com um aumento de 23,8% na quantidade de unidades.
A Decor Colors, fundada por Leonardo Arruda, conhecido como Léo Tintas, recebeu um aporte significativo de R$ 10 milhões de João Appolinário, um dos sócios da empresa. Este investimento impulsionou a abertura de entre 20 e 25 franquias por mês no ano passado, com o suporte de uma moderna planta fabril em Salto (SP), equipada com tecnologia avançada e automatizada. A rede também implementou um movimento de conversão de lojas próprias em franquias.
Já a Kopenhagen, pertencente ao Grupo CRM, ganhou destaque no cenário de franquias com a entrada da Nestlé no negócio. Embora a aquisição esteja aguardando análise do Cade, a marca acelerou seu ritmo de expansão ao inaugurar novas lojas. Renata Moraes Vichi, CEO do Grupo CRM, afirmou: "Faz parte de nossa estratégia de expansão, que vem sendo acelerada desde 2022 e que em 2024 será intensificada ainda mais. Nossa expectativa é triplicar de tamanho até 2026". O plano é abrir mais 226 unidades em 2024.
Por outro lado, o estudo revelou que a rede que mais fechou unidades no período foi a KNN, especializada no ensino de idiomas, que registrou uma redução de 27,10% no número de escolas em funcionamento.
O fundador da KNN, Reginaldo Boeira, explicou que o ano de 2023 foi marcado por uma revisão na rede de franqueados, com alguns encerramentos de contratos. Boeira ressaltou: "Nós iniciamos uma reestruturação focada em empreendedores que se alinhassem com o perfil da escola. Houve casos de ex-franqueados que acreditavam que, ao adquirir uma franquia, o negócio se conduziria automaticamente, o que não condiz com a realidade desse mercado".
Apesar dos desafios enfrentados, o Subway, mesmo após estar no centro de notícias de negócios no último trimestre do ano devido à crise da SouthRock, ainda mantém sua posição entre as sete maiores franqueadoras em operação no país. A rede registrou uma queda de 18,20% no número de lojas em relação a 2022.
Após a revelação da crise na SouthRock, a matriz do Subway revogou o contrato de máster-franquia com a empresa e reassumiu a gestão. Especialistas sugerem que esse movimento indica uma busca por um novo máster-franqueado no país por parte da Doctor’s Associates LLC, franqueadora do Subway.
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