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Na semana de 10 a 14 de junho, as atenções se voltam para a decisão de juros do Federal Open Market Committee (FOMC) do Federal Reserve, o banco central dos EUA

Na semana de 10 a 14 de junho, as atenções se voltam para a decisão de juros do Federal Open Market Committee (FOMC) do Federal Reserve, o banco central dos EUA. Embora seja quase certa a manutenção da taxa básica de juros tanto nesta reunião quanto na próxima, marcada para 31 de julho, as sinalizações de Jerome Powell, presidente do banco, sobre os próximos passos serão cruciais.

"Prevemos a manutenção das taxas de juros nesta reunião, com o início do ciclo de cortes apenas em dezembro. A inflação acima da meta exige uma abordagem cautelosa do banco central, tornando a última reunião do ano o momento mais adequado para começar a flexibilização", afirma Caio Megale, economista da XP.

No Brasil, o destaque será a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), programada para terça-feira, 11. O Bradesco espera uma alta de 0,42% na comparação mensal, próximo dos 0,38% projetados pelo Itaú. Conforme Megale destaca, este dado será o primeiro a mostrar os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul.

Além disso, na terça-feira, será divulgada a primeira prévia do Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) de junho pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentará a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), com expectativa de queda de 0,4% na comparação mensal.

Na quinta-feira, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgará o nono levantamento da safra de grãos. Também na quinta, o IBGE apresentará a Pesquisa Mensal de Comércio e, na sexta-feira, a Pesquisa Industrial Mensal.

No campo político, continuarão as discussões sobre as compensações das desonerações da folha de pagamento. O Senado deve retomar a deliberação do projeto de lei que busca estender as desonerações da folha de pagamento até 2024, antes de sua eliminação gradual em 2025.

Nos EUA, o foco principal será a decisão do FOMC, prevista para quarta-feira. De acordo com a ferramenta FedWatch da CME Group, as probabilidades de manutenção da taxa de juros são superiores a 99% para esta reunião e 90% para a reunião do fim de julho. As expectativas de um corte aumentam a partir da reunião de setembro, com uma probabilidade de 45%.

A declaração de Jerome Powell, que ocorrerá logo após a divulgação da decisão do comitê, será especialmente observada.

Antes disso, na quarta-feira de manhã, será apresentado o índice de preços ao consumidor. Na quinta-feira, será a vez do índice de preços ao produtor de maio. Na sexta-feira, será divulgado o índice de confiança da Universidade de Michigan, com dados de junho.

No cenário internacional, a China divulgará seus índices de preços ao consumidor e ao produtor na terça-feira, com previsão da LSEG de queda de 1,5% e aumento de 0,4% na comparação anual. Na quarta-feira, a Alemanha apresentará seus preços ao consumidor. Na quinta-feira, a Zona do Euro divulgará a produção industrial e, na sexta-feira, a balança comercial. O Banco Central do Japão também anunciará sua decisão de política monetária.

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