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Por Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader Parceira da Ripio
No Brasil, o Bitcoin alcançou um novo preço histórico na marca de R$ 421.149,00. O valor atual do Bitcoin para os brasileiros está diretamente atrelado à alta do dólar, que está custando atualmente R$ 5,79.
Dessa forma, toda vez que o dólar fica mais caro no Brasil, o Bitcoin também encarece. O impacto da flutuação cambial é tão alto que a cada U$ 0,1 centavo de dólar mais caro, o preço do Bitcoin sobe aproximadamente R$ 72,74 no Brasil.
Nos próximos dias, o mercado cripto ainda deve permanecer aquecido e algumas variáveis podem continuar impactando o mercado financeiro até o final do ano.
Dois temas centrais estão no radar do mercado: a taxa de juros nos EUA e o cenário eleitoral americano.
Indicadores macroeconômicos importantes, como o número de vagas de emprego (JOLTS), o índice de inflação (PCE), o Payroll e a prévia do PIB, serão divulgados em breve e eles tendem a influenciar o mercado cripto, pois refletem a saúde da economia.
Um cenário ideal para investidores da renda variável seria um equilíbrio econômico, com a inflação controlada e baixo risco de recessão. Caso os dados sejam favoráveis, é provável que o otimismo impulsione o setor de criptomoedas. Por outro lado, qualquer desvio significativo nos resultados pode gerar volatilidade no curto prazo.
No próximo dia 7, o FED decidirá sobre um possível corte de 0,25% na taxa de juros – uma ação que pode modificar o cenário financeiro atual. Se confirmado, o corte deve favorecer o mercado da renda variável.
As eleições presidenciais americanas também são um ponto de atenção para o mercado cripto, especialmente pela possível volta de Donald Trump, que se mostrou favorável à regulamentação dos criptoativos.
Com todos esses fatores em jogo, o Bitcoin e o mercado cripto estão em um ponto decisivo. A depender do cenário mais equilibrado para a economia com o juros em queda, inflação controlada e um possível retorno de Trump, o Bitcoin pode continuar em busca de novas altas históricas em dólar, fortalecendo a tendência de alta e o Bull Market de 2024.