Dólar dispara e bolsas pelo mundo caem com aumento de tarifas pelo governo Trump
Na Europa, o índice Stoxx 600 e a Bolsa de Londres (FTSE 100) recuaram 1,4% nas primeiras horas do dia

Os mercados financeiros globais começaram a semana em forte queda nesta segunda-feira, refletindo a preocupação dos investidores com o impacto das novas tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As medidas afetam diretamente a economia americana e seus principais parceiros comerciais, gerando uma onda de incerteza nos mercados.

Na Europa, o índice Stoxx 600 e a Bolsa de Londres (FTSE 100) recuaram 1,4% nas primeiras horas do dia, enquanto, nos Estados Unidos, os contratos futuros do S&P 500 caíram 1,6% e os do Nasdaq, com forte exposição ao setor de tecnologia, registraram baixa de 1,9%.

No mercado cambial, o dólar avançou 1% em relação a uma cesta de moedas globais, evidenciando a busca dos investidores por segurança. O peso mexicano despencou quase 3%, e o dólar canadense atingiu seu menor valor desde 2003. As moedas foram diretamente impactadas pela decisão de Trump de aplicar tarifas de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá, excetuando-se os produtos energéticos canadenses, que terão uma taxa reduzida de 10%.

Além dessas medidas, Trump também decretou tarifas de 10% sobre as importações da China e afirmou que ações semelhantes contra a União Europeia são iminentes. As novas tarifas, oficializadas no sábado (1º), provocaram reações imediatas dos países afetados, que anunciaram medidas de retaliação, aumentando o risco de uma escalada na guerra comercial.

O presidente justificou as tarifas alegando que México e Canadá falharam em reforçar a segurança nas fronteiras e que os três países — incluindo a China — não tomaram providências suficientes para conter o tráfico de opioides para os Estados Unidos. Os decretos assinados por Trump incluem cláusulas anti-retaliação, prevendo aumentos adicionais nas tarifas caso os países decidam responder com medidas similares. No entanto, essa tentativa de dissuasão não impediu as reações dos governos atingidos, aumentando a tensão no cenário econômico global.

redacao
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