IGP-DI tem alta de 1,0% em fevereiro
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O levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta segunda-feira (11), apontou que o índice acumulou uma elevação de 8,78% nos últimos 12 meses

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,0% em fevereiro, após um avanço de 0,11% em janeiro, refletindo um aumento expressivo da inflação tanto no atacado quanto no varejo. O levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta segunda-feira (10), apontou que o índice acumulou uma elevação de 8,78% nos últimos 12 meses.

O resultado veio ligeiramente abaixo das projeções de analistas consultados pela Reuters, que esperavam um avanço de 1,15%. O principal componente do IGP-DI, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que representa 60% do índice geral, subiu 1,03% no mês, após uma variação positiva de apenas 0,03% em janeiro.

Segundo Matheus Dias, economista do FGV IBRE, a maior pressão inflacionária no atacado veio da alta nos preços de ovos e milho, impulsionada por uma combinação de demanda elevada e oferta reduzida. "Ambos foram impactados em fevereiro pelo mesmo fator: demanda alta e disponibilidade limitada. No caso do milho, problemas logísticos também contribuíram para a alta, o que pode ter efeitos em toda a cadeia alimentar, especialmente nas proteínas animais", explicou.

No IPA, os preços dos ovos dispararam 33,86% em fevereiro, revertendo uma queda de 2,05% observada em janeiro. Já o milho em grão subiu 4,80%, após um recuo de 1,66% no mês anterior.

No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do IGP-DI, apresentou uma forte aceleração, subindo 1,18% em fevereiro, contra 0,02% em janeiro. O principal fator para essa alta foi o aumento da tarifa de energia elétrica residencial, resultado do fim do bônus de Itaipu, que sozinho respondeu por quase metade da inflação ao consumidor no mês.

O grupo Habitação foi o mais impactado, registrando uma inversão de tendência ao passar de uma queda de 2,43% em janeiro para uma alta de 3,80% em fevereiro. Nesse cenário, a tarifa de eletricidade residencial saltou 17,68%, após ter registrado um recuo de 13,58% no mês anterior.

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que completa o cálculo do IGP-DI, desacelerou para uma alta de 0,40% em fevereiro, após ter avançado 0,83% em janeiro.

 

O IGP-DI é um indicador que mede a variação de preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil, considerando o período entre o primeiro e o último dia de cada mês de referência.

redacao
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