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O J.P. Morgan Chase iniciou 2025 com resultados sólidos e acima das expectativas de mercado. O maior banco dos Estados Unidos registrou lucro líquido de US$ 14,64 bilhões no primeiro trimestre do ano, o que representa um crescimento de 9% em relação ao mesmo período de 2024. O lucro por ação ficou em US$ 5,07, superando a projeção média dos analistas, que era de US$ 4,63, segundo a Dow Jones Newswires.
A receita total do banco também apresentou desempenho robusto, alcançando US$ 45,31 bilhões entre janeiro e março, uma alta de 8% em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior. O destaque ficou por conta da divisão de banco de atacado e investimentos, que avançou 12% e somou US$ 19,67 bilhões em receitas, impulsionada principalmente pelas operações de mercado, especialmente em ações (equity).
No segmento de consumo e varejo, o banco registrou um crescimento mais modesto de 4%, com receita de US$ 18,31 bilhões. Apesar disso, o desempenho reforça a resiliência da base de clientes em um ambiente ainda desafiador para o crédito.
Em contrapartida, a margem líquida com juros — excluindo os resultados de mercados — teve queda de 2%, somando US$ 22,6 bilhões. A retração foi atribuída a taxas de juros mais baixas, à compressão das margens sobre depósitos e à redução no volume total de depósitos. Ainda assim, o banco compensou parte dessa pressão com o crescimento das comissões na área de gestão de fortunas (wealth management).
Outro dado positivo foi o avanço da receita não relacionada a juros (também excluindo mercados), que cresceu 20% e chegou a US$ 13,8 bilhões. Essa diversificação nas fontes de receita mostra a capacidade do J.P. Morgan de manter lucratividade mesmo em momentos de volatilidade macroeconômica.
O banco também reforçou suas provisões para perdas com crédito, que totalizaram US$ 3,3 bilhões no trimestre. A medida reflete uma postura de cautela diante de potenciais inadimplências em um cenário ainda incerto para a economia global.