Lucro da Magazine Luiza aumenta 37% e chega a R$ 139 milhões no 4t24
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O desempenho positivo consolidou um ano de resultados positivos para a varejista

O Magazine Luiza encerrou o quarto trimestre de 2024 no azul, registrando um lucro líquido ajustado de R$ 139 milhões entre outubro e dezembro. O valor representa um crescimento de 37% na comparação anual, mas veio abaixo das projeções da Bloomberg, que estimavam um lucro de R$ 145 milhões no período.

O desempenho positivo consolidou um ano de resultados positivos para a varejista, que acumulou um lucro ajustado de R$ 276,7 milhões ao longo de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 550,1 milhões registrado em 2023.

O Ebitda ajustado no quarto trimestre atingiu R$ 846,2 milhões, um avanço de 11,9% em relação ao ano anterior. A margem Ebitda subiu 0,6 ponto percentual, chegando a 7,8%. O crescimento foi impulsionado pelo aumento da margem de contribuição em todos os canais de venda, incluindo lojas físicas, e-commerce próprio e marketplace.

Segundo o CFO da companhia, Roberto Bellissimo, os resultados refletem o ciclo de consolidação do ecossistema do Magazine Luiza, iniciado em 2021 e previsto para ser concluído até 2025. Ele destaca que a empresa tem conseguido se manter lucrativa mesmo diante de um cenário de juros elevados.

O executivo enfatizou que, historicamente, o Magalu sempre foi forte no segmento de bens duráveis, que são altamente influenciados pelo custo do crédito e pelo desempenho da economia. Porém, nos últimos anos, a varejista tem diversificado sua atuação para aumentar sua resiliência. Entre as iniciativas adotadas estão a expansão da fintech MagaluBank, o MagaluAds, Netshoes, KaBuM!, parcerias com o AliExpress e investimentos no Magalu Cloud.

A receita líquida da companhia foi de R$ 10,7 bilhões no quarto trimestre, um crescimento de 2,3% na comparação anual. No período, as vendas totais, que incluem lojas físicas, e-commerce e marketplace, somaram R$ 18,4 bilhões. No acumulado do ano, o faturamento alcançou R$ 65 bilhões, avançando 4% em relação a 2023.

A geração de caixa operacional no trimestre chegou a R$ 2,1 bilhões, um crescimento de 36% frente ao ano anterior. No acumulado de 2024, esse montante foi de R$ 3,1 bilhões.

No varejo físico, as vendas totalizaram R$ 6 bilhões no último trimestre do ano, um aumento de 6% em relação ao mesmo período de 2023. No critério de mesmas lojas, o crescimento foi de 8%. Já o e-commerce registrou R$ 13 bilhões em vendas no período, mantendo-se estável em relação ao ano anterior, mas com margens mais altas. As vendas online com estoque próprio somaram R$ 8 bilhões, enquanto o marketplace movimentou R$ 5 bilhões, representando 40% do faturamento digital.

A empresa também reduziu sua dívida bruta em quase R$ 3 bilhões, encerrando o ano com uma posição de caixa de R$ 7,9 bilhões. Bellissimo ressaltou que a companhia alongou o vencimento de dívidas concentradas em 2025 e 2026, melhorando sua estrutura financeira.

Na área de serviços financeiros, o volume total de transações processadas pelo MagaluBank atingiu R$ 27,4 bilhões no quarto trimestre. O faturamento com cartões de crédito cresceu 4,8% no período, chegando a R$ 16,3 bilhões. Na Luizacred, o volume de transações atingiu R$ 16 bilhões, com redução da inadimplência e um lucro de R$ 145 milhões no trimestre e R$ 295 milhões no ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado foi de 30,8%.

A empresa destacou que os resultados foram alcançados em um ambiente de juros elevados e restrição de crédito, um cenário desafiador para o setor de varejo. O CFO do Magalu lembrou que, diferente do ciclo de alta anterior, quando a Selic saltou de 2% para mais de 10% em pouco tempo, a situação atual apresenta um impacto menor sobre a economia.

Com a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para o dia 19 de março, o mercado espera um novo aumento da Selic para 14,25%. Bellissimo pondera que, apesar do impacto dos juros sobre as despesas financeiras, a companhia está preparada para mitigar esses efeitos por meio da geração de caixa e de estratégias para reduzir custos.

 

Para 2025, a varejista pretende continuar crescendo em todos os seus canais, mas com foco em tecnologia e rentabilidade, priorizando investimentos que fortaleçam seu ecossistema digital e garantam maior resiliência diante do cenário macroeconômico.

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