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O banco Safra promoveu uma mudança em sua carteira recomendada de small caps, retirando as ações da Marcopolo (POMO4) e incluindo os papéis da Pague Menos (PGMN3). A mudança, segundo a instituição, visa ajustar a carteira a ativos com maior previsibilidade, sem abrir mão de potencial de valorização.
De acordo com o relatório, embora a Marcopolo ainda apresente bons fundamentos, sua elevada volatilidade motivou a substituição. Já a Pague Menos foi incluída com base na expectativa de continuidade do processo de desalavancagem da companhia, que deve seguir gerando valor aos acionistas. Além disso, o Safra projeta crescimento de dois dígitos na receita e expansão de margens nos próximos trimestres.
A carteira recomendada segue com outras posições estratégicas, entre elas:
Grupo Mateus (GMAT3) – O banco considera o papel a melhor opção no varejo alimentar. Com múltiplos atraentes (P/L de 10,4x para 2025, abaixo da média de 13x), a companhia se destaca pelo crescimento de vendas em mesmas lojas, forte presença no Nordeste e balanço pouco alavancado — fator que reduz volatilidade em um cenário de juros elevados.
Smartfit (SMFT3) – Líder em academias na América Latina e a quarta maior do mundo em número de alunos, a empresa negocia com desconto significativo (6,3x EV/Ebitda para 2025 frente à média histórica de 11,2x). O Safra aponta ainda para o potencial de crescimento com novas unidades, mais alunos por unidade e aumento do ticket médio.
Marfrig (MRFG3) – A ação apresenta um bom equilíbrio entre risco e retorno, sustentado pela sólida performance da BRF. O Safra vê a companhia beneficiada pela venda de ativos e dividendos recebidos. Apesar da incerteza sobre uma possível fusão com a BRF, os analistas não veem riscos relevantes aos acionistas.
Iguatemi (IGTI11) – Com portfólio premium, os shoppings da empresa seguem registrando bons números de vendas. A forte capacidade de negociação com lojistas, segundo o Safra, deve impulsionar o crescimento real dos aluguéis.
Copasa (CSMG3) – A estatal mineira de saneamento opera com um valuation atrativo, oferecendo uma TIR real de 11%. Além disso, a baixa alavancagem (0,9x Dívida Líquida/Ebitda) abre espaço para possíveis dividendos extraordinários.
Alupar (ALUP11) – A empresa de energia também apresenta avaliação positiva. Com TIR estimada de 8% e dividend yield projetado de 5% para 2025, o papel se destaca por novos projetos em andamento, gestão experiente e risco operacional controlado.
Cury (CURY3) – A incorporadora segue com desempenho consistente, com forte atuação tanto no programa Minha Casa, Minha Vida quanto no sistema SBPE. Para 2025, o Safra estima um dividend yield acima de 7,5%, destacando os resultados sólidos da companhia no setor.
Companhia | Código | Preço-alvo (R$/ação) | Potencial valorização | P/L 2025E |
---|---|---|---|---|
Marfrig | MRFG3 | 25,50 | 23,2% | – |
Cury | CURY3 | 29,00 | 6,1% | 8,5 |
Alupar | ALUP11 | 37,10 | 29,6% | 12,6 |
Grupo Mateus | GMAT3 | 7,50 | 0,4% | 11,5 |
Iguatemi | IGTI11 | 26,00 | 31,2% | 12,1 |
Pague Menos | PGMN3 | 4,50 | 37,2% | 13,2 |
SmartFit | SMFT3 | 24,00 | 3,9% | 19,3 |
Copasa | CSMG3 | 27,20 | 35,9% | 4,9 |